O Itaú BBA destaca, em relatório enviado a clientes, que o American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) registrou um desempenho inferior a de seus pares australianos entre 5 a 17 pontos porcentuais (p.p.) desde o início de 2024, com um desconto em termos de valuation (valor do ativo) de 29% que “parece excessivo em comparação a níveis históricos”.
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Além disso, “em termos de volume, a Vale superou os produtores australianos no segundo trimestre de 2024”, pontua o time de analistas liderado por Daniel Sasson. Enquanto os volumes de minério de ferro da mineradora aumentaram cerca de 8% na comparação anual no período entre maio e junho, Rio Tinto registrou avanço anual de 2% e BHP, de +7%. Já Fortescue Metals Group divulgará seu relatório de produção na próxima semana.
O desconto atual da companhia foi calculado considerando a média do valuation das mineradoras australianas, de 5,2 vezes o valor da empresa por Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização eimpostos, (EV/Ebitda)) esperado para daqui um ano.
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O time de analistas diz ainda, contudo, que reconhece que houve ruídos específicos envolvendo a empresa, relacionados a: processo de sucessão do CEO; renegociações das responsabilidades da Samarco; e renovação das concessões ferroviárias.
O BBA reitera recomendação outperform (equivalente a compra) para Vale. O preço-alvo de US$ 14 representa um potencial de valorização de 24,8% sobre o fechamento de quarta-feira (17).
*Com informações do Broadcast