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Itaú BBA eleva recomendação da Klabin (KLBN4), mas tem outra preferência no setor

Segundo o Itaú BBA, as duas empresas estão garantindo sua competitividade de longo prazo

Itaú BBA eleva recomendação da Klabin (KLBN4), mas tem outra preferência no setor
Foto: Felix Leal/Estadão

O Itaú BBA elevou a recomendação das ações da Klabin (KLBN4) de venda para neutro, aumentando o preço-alvo dos papéis de R$ 22,00 para R$ 24,00 para o final de 2024. A previsão mostra um potencial de valorização de 8,4% para os papéis da companhia. Contudo, o banco ressalta que mantém preferência pela Suzano dentro do setor florestal.

De acordo com o Itaú BBA, tanto a Suzano (SUZB3) quanto a Klabin estão garantindo sua competitividade de longo prazo por meio de acordos de terra rentáveis. O motivo pelo qual o banco justifica a preferência pela Suzano ocorre por conta de múltiplos mais favoráveis.

“A relação entre o valor da empresa e tonelada e a produção por tonelada mais atrativo (EV/ton), maior potencial de crescimento no fluxo de caixa descontado (DCF) e múltiplos mais baratos”, apontou o Itaú BBA em relatório, se referindo à Suzano na comparação com a Klabin.

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Por outro lado, apesar de manter recomendação de compra, o banco reduziu o preço-alvo da Suzano para R$ 63,00, o que representa um potencial de valorização de 16%. Menor ante os R$ 66,00 esperados anteriormente. O banco também prevê o câmbio e custos de capital mais apreciados para o setor.

“Esperamos que os compradores chineses comecem a pressionar os preços da celulose antes do início do Projeto Cerrado no segundo trimestre de 2024, podendo levar a quedas nos preços nos próximos meses. No geral, embora nós esperamos por preços mais baixos para a celulose, eles podem ser mais altos do que em ciclos de baixa anteriores devido à inflação de custos”, acrescentou o banco.

Quanto à Klabin, o banco aponta que a consolidação da máquina MP 28, produtora de cartões voltado para o segmento de embalagens, vai favorecer a companhia. O Itaú BBA espera um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia em R$ 6,4 bilhões para o ano de 2024, valor 1% abaixo do modelo anterior e 3% menor ante o consenso de mercado, mas 3% maior ante o resultado de 2023.

“Principalmente devido à consolidação total dos resultados da MP 28 durante o ano e ao consequente aumento nas vendas de kraftliner e papelão para mercados estrangeiros”, acrescentou o Itaú BBA, que vê uma relação entre o valor da empresa e o Ebitda em 8,2 vezes para 2024.

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Já com relação à Suzano, a previsão de Ebitda do ano é de R$ 20,8 bilhões, valor 6% acima da expectativa anterior do banco e do consenso, por conta de um desempenho de custos mais positivo que compensou a valorização do real.

“Gostamos da relação entre o valor da empresa e o Ebitda de 6,2 vezes da Suzano para o estimado de 2024 e das perspectivas de melhoria na geração de fluxo de caixa livre já a partir do segundo semestre, quando a produção do Projeto Cerrado começar a aumentar”, encerrou o Itaú BBA.
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