O Itaú (ITUB4) acusou o ex-diretor financeiro (CFO) do banco, Alexsandro Broedel, de violação de políticas internas ao praticar conflito de interesses na contratação de pareceres contábeis entre 2019 e 2024. Segundo apurou o Estadão, Broedel teria aprovado pagamentos de R$ 13,3 milhões para um fornecedor com quem é sócio em uma empresa. Posteriormente, teria recebido 40% desse valor.
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Em um processo protocolado na Justiça de São Paulo, o Itaú afirma que Broedel aprovou a contratação de pareceres pelos quais recebeu cerca de R$ 4,8 milhões nos últimos cinco anos. O banco diz que já informou o Banco Central e a CVM das investigações.
Em assembleia geral extraordinária realizada na última quinta-feira (5), o banco aprovou a entrada com processo contra o ex-diretor e os demais envolvidos, além de tornar sem efeito a aprovação das contas do executivo entre os anos de 2021 e 2023. Broedel deixou o Itaú neste ano rumo ao Grupo Santander, na Espanha.
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Em nota, o Itaú disse que o caso foi informado aos órgãos reguladores. “Ressalta-se, ainda, que seus balanços foram reavaliados pelo Comitê de Auditoria da Companhia e por consultoria externa e independente, a PWC, que certificaram a lisura e a ausência de impacto nas demonstrações financeiras e nos resultados do Itaú Unibanco”, diz o banco.
Procurado, Broedel disse através de assessoria de imprensa que as acusações do Itaú são infundadas, e que sempre atuou com ética e transparência ao longo dos 12 anos em que esteve no banco. O executivo afirmou ainda que “causa profunda estranheza” que o Itaú denuncie as supostas condutas impróprias após ele deixar o banco para assumir uma posição global em um de seus principais concorrentes. Ele disse também que tomará as medidas judiciais cabíveis.