O Banco Central Europeu (BCE) deve ser o primeiro do mundo desenvolvido a iniciar o ciclo de corte de juros, com a expectativa de que o primeiro corte aconteça no 1º trimestre de 2024, talvez já em janeiro. A avaliação é de Mariana Dreux, gestora do Itaú Hedge Plus, que participou na manha desta terça-feira (05), do evento da Itaú Asset (ITUB4).
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“Depois dos últimos dados de mercado de trabalho e inflação nos Estados Unidos, a gente vê sinais com maior confiança de que dessa vez a virada de ciclo é de verdade. O BCE é um caso. Olhando pelas dimensões de atividade e inflação, é o que a gente mais pode cantar vitória hoje em dia”, afirma Dreux, acrescentando que a integrante do conselho do BC europeu, Isabel Schnabel, comemorou o relatório de inflação divulgado mais cedo. “O primeiro BC desenvolvido a cortar vai ser o europeu. Muito provavelmente no 1tri24, e não descartamos que seja no final de janeiro.”
Com essa expectativa, Pablo Salgado, gestor do Itaú Optimus, afirma ter “posição significativa” vendida (que aposta na queda) em euro, uma vez que a moeda “deve se depreciar se o BCE cortar juros”.
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Além disso, Dreux avalia que o Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) está indo na mesma direção do BCE, pois “a economia britânica está bastante fraca”. Ela diz haver oportunidade de posicionamento da parte curta da curva de juros, pois vê o corte de juros pouco precificado.