A plataforma digital de investimentos do Itaú (ITUB4), o Íon, será gradualmente adotada para os negócios de trade de todos os clientes do banco, segundo Carlos Constantini, diretor responsável pela área de gestão de recursos e Wealth Management do Itaú. Atualmente, 40% dos clientes que realizam trading usam o Íon.
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“Não temos pressa, mas estamos prontos para tombar tudo da corretora para o Íon. Em breve este vai ser nosso principal veículo de investimentos, mas não queremos fazer isso com algum atrito”, afirma.
O Íon está com 545 mil clientes e R$ 570 bilhões em patrimônio líquido. A plataforma tem uma rede de 2,3 mil especialistas em investimentos, além de 129 escritórios. Constantini aponta que novas unidades físicas devem ser abertas em 2024. Além disso, já está em fase de testes a versão web do aplicativo, que deve ficar disponível aos clientes nos próximos meses.
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“Este ano vamos aumentar o número de especialistas também. Fora isso, o que vamos adicionar são novas ferramentas de produtividade. Em inteligência artificial (IA), muita coisa vai melhorar na personalização do atendimento”, aponta Constantini. A plataforma já tem usado IA para diversas funcionalidades, como a personalização da sua comunicação com o cliente. Era uma demanda dos usuários do autosserviço: entender o que estava acontecendo com seu portfólio. Com tecnologia, aperfeiçoamos para ser quase como uma carta do gestor para cada cliente.”
Pela IA passa a proposta de vender soluções em vez de produtos, que é o objetivo do Itaú nos investimentos. “Em mercados maduros, a era de vender soluções já acontece. O catalisador para o Brasil se transformar vai ser o uso de IA. Para vender a solução é fundamental personalizar cada carteira.”
Avenue para o private
Contantini aponta que a Avenue, corretora focada em investimentos nos Estados Unidos na qual o Itaú adquiriu uma fatia ano passado, não vai ficar restrita aos clientes de varejo. O executivo vê também o segmento private usando a plataforma. Os clientes dessa faixa, os que tem pelo menos R$ 15 milhões investidos no banco, tem entre 25% e 30% da carteira offshore.
A aprovação total do negócio entre Itaú e Avenue veio há pouco mais de um mês, e agora o banco terá assento no conselho da Avenue. “Fizemos coisas em parceria comercial neste ano, mas agora poderemos discutir estratégia juntos”, diz Constantini.