A Aegea (AEGP23), companhia de saneamento, virá ao mercado para se listar em bolsa em algum momento e está se preparando para isso, disse o diretor presidente e de Relações com Investidores da Itausa (ITSA4), Alfredo Setubal.
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“É uma empresa que em algum momento virá ao mercado, os acionistas controladores têm esse desejo e ela está se preparando para isso, em termos de governança, em termos de comitês e membros independentes do conselho”, afirmou Setubal, após participar de painel no Encontro Internacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais promovido pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI) e pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA).
Setubal lembrou que empresas de infraestrutura dependem de financiamento. “A simples geração de caixa das concessionárias, seja CCR ou Aegea, é insuficiente para fazer os investimentos necessários”, disse. A Itausa tem participação nas duas empresas. A Aegea anunciou no fim da semana que irá captar R$ 5,5 bilhões com emissão de debêntures.
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Havia expectativa no mercado de que a Aegea, assim como a Iguá, que também opera no setor de saneamento, lançasse uma oferta de ações (IPO, na sigla em inglês) no começo do ano. Mas o aumento da turbulência com a perspectiva de manutenção do juro em patamar elevado no Brasil e no exterior, seguido pelo escândalo de fraude nas Americanas (AMER3), fechou os mercados.
Agora, mesmo diante da perspectiva de o juro brasileiro cair a partir de setembro e das sinalizações de que o juro norte-americano não deverão alcançar níveis muito elevados, há expectativa de retomada das ofertas em bolsa. No entanto, agentes do mercado citam que as ofertas de empresas estreantes devem acontecer a partir do quarto trimestre.