A holding de investimentos Itaúsa (ITSA4) encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido recorrente de R$ 2,671 bilhões, praticamente estável em relação ao mesmo período de 2022, com um recuo de 0,6%, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira.
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Os resultados de empresas investidas não financeiras apresentaram a maior alta porcentual, de 34% em relação ao primeiro trimestre de 2022, para R$ 231 milhões. Em empresas financeiras investidas, houve alta de 2% na mesma base comparativa, para R$ 2,788 bilhões. Houve, ainda, inversão do resultado próprio, negativo em R$ 143 milhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o resultado positivo de R$ 1,021 bilhão do mesmo período do ano passado.
A maior parte do resultado, R$ 2,735 bilhões, veio do Itaú Unibanco, que é o principal investimento da Itaúsa. A segunda maior contribuição, de R$ 66 milhões, foi da Copa Energia.
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No primeiro trimestre, as despesas administrativas somaram R$ 32 milhões, queda de 9% em um ano, e as despesas tributárias foram de R$ 108 milhões, recuo de 16% no comparativo com o mesmo período do ano passado. A despesa financeira cresceu 62%, para R$ 182 milhões.
“Os resultados do primeiro trimestre de 2023 da Itaúsa refletem a resiliência do nosso portfólio diante de um momento desafiador para a economia do Brasil e do mundo” afirmou Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa.
Patrimônio e endividamento
Os ativos totais da Itaúsa somavam R$ 84,517 bilhões ao fim do primeiro trimestre, alta de 14,5% em relação ao mesmo intervalo de 2022. Já o valor de mercado das participações da empresa era de R$ 98,8 bilhões, queda de 17,4% na mesma base comparativa.
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Ao mesmo tempo, o valor de mercado da holding era de R$ 79,746 bilhões no final de 2022. Isso implica em um desconto de holding de 19,3%, segundo a empresa. No final de março de 2022, a diferença era de 20,8%.
“Considerando os fundamentos que o justificam, a Administração da Itaúsa acredita que o atual patamar de desconto ainda está acima do que considera adequado para o indicador”, afirma a empresa, no informe de resultados.
O patrimônio líquido da Itaúsa era de R$ 73,632 bilhões ao fim de março, alta de 12,3% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) médio no primeiro trimestre foi de 15,3%, 7,3 pontos porcentuais a menos que o de 12 meses antes. Pelo critério recorrente, era de 14,6%, recuo de 1,8 ponto.
Em março de 2023, o endividamento líquido da Itaúsa somava R$ 3,944 bilhões, alta de 18,1% no espaço de um ano. O prazo médio da dívida da companhia era de 4 anos e 4 meses e custo médio de CDI + 1,61% a.a.
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A Itaúsa destaca que as ações da XP, que não são vistas como um investimento estratégico, são uma fonte importante de liquidez. Se o valor dos papéis fosse considerado caixa, a companhia teria dívida líquida de R$ 1,8 bilhão no final do primeiro trimestre de 2023.