A holding de investimentos Itaúsa (ITSA3; ITSA4) encerrou o segundo trimestre de 2023 com lucro líquido recorrente de R$ 3,437 bilhões, alta de 14,5% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (14).
Leia também
Em empresas financeiras investidas, houve alta de 15% em relação ao período de abril a junho de 2022, para R$ 3,217 bilhões. Os resultados de empresas investidas não financeiras apresentaram queda de 48% em relação ao segundo trimestre de 2022, para R$ 254 milhões.
“O resultado recorrente proveniente das empresas investidas, refletido na Itaúsa no segundo trimestre de 2023, foi de R$ 3,4 bilhões, crescimento de 4% sobre o mesmo período do ano anterior, devido ao desempenho consistente do seu portfólio de investimentos”, afirma, na mensagem da administração.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Houve, ainda, inversão do resultado próprio, positivo em R$ 248 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo o resultado negativo de R$ 126 milhões do mesmo período do ano passado.
A maior parte do resultado, R$ 3,162 bilhões, veio do Itaú Unibanco, que é o principal investimento da Itaúsa, um aumento anualizado de 17%.
No segundo trimestre, as despesas administrativas somaram R$ 43 milhões, queda de 9% em um ano, e as despesas tributárias foram de R$ 114 milhões, alta de 47% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
“A Itaúsa apresentou resultados consistentes no segundo trimestre de 2023, refletindo a solidez e resiliência do portfólio da holding, composto por marcas líderes em seus segmentos de atuação”, afirmou Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa.
Patrimônio e endividamento
Os ativos totais da Itaúsa somavam R$ 88,423 bilhões ao fim do segundo trimestre, alta de 16,6% em relação ao mesmo intervalo de 2022. Já o valor de mercado das participações da empresa era de R$ 115,2 bilhões, alta de 20% na mesma base comparativa.
Publicidade
Ao mesmo tempo, o valor de mercado da holding era de R$ 93,522 bilhões no final do segundo trimestre. Isso implica em um desconto de holding de 18,8%, segundo a empresa. No final de junho de 2022, a diferença era de 23,6%.
“Considerando os fundamentos que o justificam, a administração da Itaúsa acredita que o atual patamar de desconto ainda está acima do que considera adequado para o indicador”, afirma a empresa, no informe de resultados.
O patrimônio líquido da Itaúsa era de R$ 76,868 bilhões ao fim de junho, alta de 13,9% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) médio no primeiro trimestre foi de 19,1%, 0,6% a mais do que o de 12 meses antes. Pelo critério recorrente, era de 18,3%, alta de 0,3%.
Em junho de 2023, o endividamento líquido da Itaúsa somava R$ 2,786 bilhões, queda de 19,9% no espaço de um ano. O prazo médio da dívida da companhia era de 4 anos e 1 mês e custo médio de CDI + 1,61% a.a.
Publicidade
“Se considerarmos a alienação de 5,6 milhões de ações da XP realizada em julho e o valor das 17,9 milhões de ações remanescentes da XP, as quais são importante fonte de liquidez, o caixa pro forma da Itaúsa totalizaria R$ 6,6 bilhões”, destaca.