Em reunião de aproximadamente 50 minutos com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, o chanceler do Japão, Yoshimasa Hayashi, afirmou ter esperança no avanço da reforma tributária brasileira como forma de ampliar os investimentos da nação asiática no País. A sinalização positiva por parte do Japão já havia sido feita na semana passada, em um encontro em Tóquio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com empresários locais.
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Fechado, o encontro bilateral entre os chanceleres aconteceu em Hiroshima, no hotel em que a delegação brasileira está hospedada. Mauro Vieira acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na visita oficial ao Japão para participar da cúpula do G7, que acontece na cidade japonesa neste final de semana e reúne representantes das economias mais industrializadas do mundo.
“O ministro Hayashi expressou sua esperança no avanço da reforma tributária brasileira, afirmando que isso estimularia os investimentos das empresas japonesas”, diz o comunicado do Ministério de Negócios Estrangeiros do Japão. O Brasil ainda não se manifestou sobre a reunião bilateral. De interesse do governo, a reforma tributária vai tramitar no Congresso Nacional após a aprovação do novo arcabouço fiscal.
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De acordo com a nota japonesa, Hayashi se comprometeu a manter o apoio ao processo de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e manifestou o interesse em fortalecer os laços comerciais com o Brasil.
“Os dois ministros trocaram pontos de vista, entre outros, sobre a situação na Ucrânia e no Leste Asiático. Os dois ministros também compartilharam a opinião de que os dois países, como membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), trabalhariam juntos e liderariam as reformas do Conselho de Segurança em união como membros do G4”, limita-se a dizer o comunicado sobre o ponto nevrálgico das discussões multilaterais em Hiroshima, a guerra na Ucrânia.
O G4 é uma aliança formada por Alemanha, Brasil, Índia e Japão para apoiar o ingresso destes países em cargos permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Os dois ministros compartilharam a visão de que toda a comunidade internacional precisa trabalhar em conjunto para defender uma ordem internacional livre e aberta baseada no estado de Direito”, acrescenta o texto.