Os presidentes executivos de importantes bancos norte-americanos sinalizaram nesta quarta-feira riscos crescentes para a economia oriundos do aumento da inflação, que está desacelerando os gastos do consumidor e ameaça empurrar os Estados Unidos para uma recessão, a menos que o Federal Reserve aja com mais força.
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Jamie Dimon, presidente do conselho de administração e presidente executivo do JPMorgan Chase & Co, disse em conferência bancária que a situação atual é sem precedentes.
“O Fed tem que encarar isso agora com aumento das taxas e QT (aperto quantitativo). Pode ser que eles tenham que fazer QT. Eles não têm escolha porque há muita liquidez no sistema”, disse Dimon.
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Os comentários de Dimon vieram um dia depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, se reunir com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, para discutir uma inflação que está pairando em máximas de 40 anos.
O Fed está sob pressão para reduzir decisivamente uma taxa de inflação que roda em mais de três vezes a meta de 2% e causou um salto no custo de vida dos norte-americanos. O banco central dos EUA enfrenta uma tarefa difícil de amortecer a demanda o suficiente para conter a alta dos preços sem causar recessão.
O presidente executivo (CEO) do Wells Fargo & Co, Charlie Scharf, alertou que o Federal Reserve acharia “extremamente difícil” gerenciar um pouso suave da economia, já que o banco central procura apagar o fogo da inflação com aumentos nas taxas de juros.
O CEO do quarto maior credor dos EUA também disse que o Wells Fargo está vendo um impacto direto da inflação nos gastos dos consumidores, principalmente em combustível e alimentos.
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