Diretora de Estratégia Global de Commodities do JPMorgan, Natasha Kaneva demonstrou otimismo nesta quarta-feira (31) sobre as perspectivas para os preços do petróleo, do ouro e do cobre neste ano. Em evento virtual do banco, ela disse que 2024 “deve ser um ano saudável para os mercados de energia”.
Leia também
No caso do Brent, o banco projeta que ele chegue à margem superior da casa dos US$ 80 o barril até maio deste ano. Kaneva notou que a expectativa destoa do restante do mercado em geral, mais pessimista sobre a trajetória do preço do óleo. A analista afirmou que sua perspectiva otimista neste caso não é fruto de riscos geopolíticos, mas do próprio quadro no mercado. Kaneva considerou que é bastante factível que empresas de navegação comercial evitem o Mar Vermelho, se for necessário manter isso diante de ataques de rebeldes Houthis do Iêmen na região. Ela comentou que isso poderia levar a uma alta de US$ 2 o barril no preço do Brent.
Ainda segundo a diretora do JPMorgan, o mercado de cobre está ficando apertado “muito mais rápido”, processo que deve seguir. Ela projetou que a tonelada do metal possa atingir US$ 11 mil, e acrescentou que a demanda por cobre na China deve normalizar até abril, recuperando-se do quadro mais fraco após feriado prolongado. Para os outros metais, a analista disse que sua perspectiva “é mais neutra”.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Kaneva destacou o fato de que a China tem estocado mais commodities em geral, e avaliou que isso deve prosseguir. Uma eventual nova presidência de Donald Trump nos Estados Unidos reforçaria ainda mais esse movimento, apontou.
Ela também mostrou otimismo com a perspectiva de que o ouro ganhe mais força, com meta de US$ 2.300 a onça-troy, neste caso. Kaneva considerou que cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) apoiariam o quadro para o ouro, e avaliou que mesmo uma manutenção de juros já seria positiva, no caso.
Kanve ainda mencionou a Argentina. Segundo ela, os efeitos do El Niño têm sido benéficos para a produção local, após anos de seca, e deve haver recuperação na produção de milho e soja.