

O JPMorgan rebaixou nesta segunda-feira (31) a recomendação do BTG Pactual (BPAC11) e do Banco do Brasil (BBAS3) para neutra, ante recomendação anterior de overweight (equivalente a compra). O banco não alterou suas estimativas de curto prazo nem seus respectivos preços-alvo para os papéis das instituições.
“Após uma valorização de aproximadamente 30%-38% no ano em dólares, vemos que essas ações oferecem um potencial de valorização em torno de 12%-18%”, destacam os analistas Yuri Fernandes, Guilherme Grespan, Marlon Medina e Fernanda Sayao, em relatório.
Para BTG, os números do JP incorporam a expansão do ROE (retorno sobre o patrimônio) para este ano, mas o banco acredita que a relação risco-retorno das ações está mais equilibrada agora, com um múltiplo de 9,2 vezes sobre o lucro estimado para 2025 e de 2 vezes sobre o valor patrimonial estimado para o mesmo ano.
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Já sobre Banco do Brasil, o banco enfatiza o potencial de valorização limitado após uma alta de aproximadamente 30% no ano em dólares. “Embora consideremos que o múltiplo de 4,2 vezes sobre o lucro estimado para 2025 já esteja descontado, não vemos espaço para novas revisões de lucro por ação ou redução do custo de patrimônio neste momento. A falta de catalisadores no curto prazo e um retorno total limitado de 18% a partir do nível atual justificam nosso rebaixamento”, diz a equipe.
Eles ressaltam que, após reuniões com diferentes gestões bancárias e regulatórias do Brasil, a maioria dos participantes continua cautelosa em relação ao crescimento e espera uma deterioração da qualidade dos ativos no setor, com preocupação especial sobre pequenas e médias empresas (PMEs) e indivíduos de baixa renda.
No entanto, dizem, é importante destacar que as instituições ainda não observam um agravamento significativo em suas próprias carteiras.