Investidor do mercado de juros futuros também acompanha nesta quarta-feira (11) negociações em torno das medidas de ajuste fiscal. (Foto: Adobe Stock)
Os sinais de que Estados Unidos e China podem estar chegando a um acordo criam um ambiente de expectativa no mercado internacional, enquanto os investidores repercutem nesta quarta-feira (11) o índice de preços ao consumidor (CPI) americano de maio, que subiu 0,1% ante abril. A expectativa de analistas é de que o mercado futuro de juros tenha uma abertura de oscilações contidas.
No Brasil, a inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo das estimativas pode continuar produzindo efeitos na curva de juros. O investidor, no entanto, não tira o foco do cenário fiscal, acompanhando as negociações em torno das medidas de ajuste fiscal alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ontem, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) caíram em toda a curva, como reflexo da inflação medida pelo IPCA de maio.
Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e o assunto deve ser exatamente os anúncios tributários sobre aplicações financeiras e o IOF, que em alguma medida enfrentam resistência entre parlamentares.
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, participa de evento público, mas não deve falar sobre política monetária, uma vez que ele e os demais diretores do BC entram hoje em período de silêncio, devido à reunião sobre juros na semana que vem.
Como está o mercado de títulos americanos hoje?
De volta ao exterior, os rendimentos dos títulos de renda fixa americanos (Treasuries) operam em alta na madrugada desta quarta-feira, após EUA e China chegarem ontem a um acordo comercial preliminar, a ser submetido à aprovação dos presidentes dos dois países, a respeito da guerra comercial. Investidores repercutem hoje dados sobre a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA de maio e um leilão do Tesouro americano, de US$ 39 bilhões em T-notes de 10 anos.