A “super quarta” chega em uma véspera de feriado no Brasil e nos Estados Unidos, o que pode elevar a cautela e a volatilidade nos mercados de juros. À espera das decisões de política monetária nos dois países, o investidor divide as atenções entre múltiplos fatores, da tensão geopolítica aos movimentos do xadrez na política doméstica.
De 48 casas ouvidas pelo Projeções Broadcast, 27 preveem manutenção da taxa Selic nos atuais 14,75% e 21 apostam em elevação da taxa básica em 0,25 ponto porcentual, para 15% ao ano.
Essa ligeira vantagem para a manutenção da Selic se inverte quando se verifica a precificação da curva de juros. As taxas mostram um mercado mais propenso à adoção de um corte residual da taxa básica, sob justificativas como o desarranjo fiscal do País e a falta de convergência da inflação à meta do Banco Central.
Nesta manhã, os retornos dos Treasuries nos Estados Unidos recuam em toda a curva, em sinal da busca por ativos defensivos. O sentimento de aversão ao risco ganhou mais intensidade na tarde de ontem, quando o presidente americano, Donald Trump, sugeriu uma possível intervenção americana contra instalações nucleares iranianas.
No cenário doméstico, o destaque da manhã fica por conta do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que registrou queda de 0,97% na segunda prévia de junho, mais intensa do que o recuo de 0,32% observado na mesma leitura do mês passado, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV).