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Juros fecham em alta, com Selic e relatório de emprego dos EUA em foco

No âmbito local, os holofotes seguem nas expectativas para a próxima reunião do Copom

Juros fecham em alta, com Selic e relatório de emprego dos EUA em foco
Juros (Foto: Adobe Stock)

As taxas de juros brasileiras oscilaram nesta sexta-feira (6) perto dos ajustes da véspera em boa parte do pregão, visto que o tão esperado relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, não deixou claro se a intensidade do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em setembro será de 25 pontos-base ou 50 pontos-base.

No fim da tarde, os mercados ampliaram a postura defensiva e levaram os juros no vértice curto a acentuarem alta, com a piora do câmbio (dólar fechou a R$ 5,59) e ainda com a percepção de alta da taxa Selic na reunião do Copom de setembro.

“Payroll teve dado mais fraco, mas não foi suficientemente fraco para convencer o mercado de maneira mais consensual sobre se o Fed vai começar cortando 50 pontos-base em vez de 25 pontos-base. Como a leitura não foi inequívoca, a percepção difere um pouco entre os investidores, tivemos volatilidade”, resume André Carvalho, gestor de fundo macro da Principal Claritas.

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Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), após certa volatilidade pela manhã, conseguiram retomar viés de baixa, contribuindo também para o fechamento da curva no Brasil em boa parte do pregão, avalia Gabriel Barros, economista-chefe da ARX. “Fed deve cortar 25 pontos-base de juros em setembro, e depois acelerar para 50 pontos-base. Com o Fed cortando juros, afeta o cenário global e o espaço para alta de juros no Brasil acaba sendo menor, com o mercado temendo recessão.”

No âmbito local, os holofotes seguem nas expectativas para a próxima reunião do Copom, e por isso o vértice curto das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DIs) continua resistente, avalia Carvalho, da Claritas. Ainda assim, ele menciona que as apostas de uma alta da Selic de 25 pontos-base seguem majoritárias, em aproximadamente 75%, muito devido aos recentes discursos de autoridades do Banco Central indicando que, caso seja necessário ajuste nos juros, será feita de maneira gradual. A narrativa, iniciada na semana passada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, foi reforçada nesta semana pelo diretor de Política Econômica, Diogo Guillen.

A taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu a 11,735%, de 11,688% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 fechou a 11,695%, de 11,688%, e o vencimento para janeiro de 2029 fechou a 11,805%, perto do ajuste da véspera a 1,800%.