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Juros dos Treasuries avançam, com apostas monetárias do Fed no radar

Hoje, a revisão para baixo de um índice dos EUA de dezembro chegou a pressionar momentaneamente os retornos

Juros dos Treasuries avançam, com apostas monetárias do Fed no radar
Foto: Envato Elements

Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiram na sessão desta sexta-feira (9) e terminaram a semana com ganhos. Em dia de agenda econômica fraca nos EUA, a alta reflete a retórica de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) que nos últimos dias reforçaram não estarem com pressa para iniciar o relaxamento monetário.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,479%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,168% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,374%.

Em relação à sexta-feira passada (2), os yields também subiram.

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“As taxas têm subido neste mês à medida que as expectativas por corte de juros pelo Fed diminuem, com a forte demanda nos leilões de títulos desta semana fazendo pouco para melhorar o clima”, observou a Oxford Economics em relatório. “Os rendimentos no centro da curva começaram a ultrapassar os níveis de suporte técnico antes do fim de semana, aumentando o risco de um aumento mais sustentado”, alertou.

Hoje, a revisão para baixo do índice de preços do consumidor (CPI) americano de dezembro chegou a pressionar momentaneamente os retornos dos Treasuries. Mas os yields logo recuperaram o impulso. À tarde, o mercado digeriu falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que reconheceu os progressos recentes na inflação, mas afirmou que ainda há um caminho a ser percorrido para assegurar de vez a estabilidade de preços.

O BMO disse que o Fed ainda não sabe se vai começar a reduzir juros em maio ou junho, mas que está muito claro que uma baixa em março não está no cenário-base. “Nos confortamos com o fato de que o mercado futuro diminuiu a probabilidade de um corte já no próximo mês”, afirmou. Por volta das 17h (de Brasília), o monitoramento do CME Group estimava 63% de chance de o ciclo de afrouxamento começar em março, contra 37% de chance de manutenção das taxas no nível atual.