Os retornos dos Treasuries operavam mistos perto do fechamento de Nova York, com a ponta mais curta subindo, apoiada por falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), mas ainda em nível insuficiente para marcar forte reação ao tombo visto no acumulado da semana.
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Às 18h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,426%. Já o da T-note de 10 anos avançava a 3,912% e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 4,015%. Na semana, o juro da T-note de 2 anos caiu 6,45%, o da T-note de 10 anos tombou 7,58% e o do T-bond recuou 6,93%.
Os retornos dos Treasuries conseguiram suporte hoje nas falas de dirigentes do Fed que negaram o otimismo trazido pela decisão de política monetária do Fed, seguida pela coletiva de seu presidente, Jerome Powell, que injetou combustível no discurso de cortes precoces visto no mercado. O líder da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, disse que espera cortes de juros somente no terceiro trimestre de 2024, e o presidente da distrital de Nova York, John Williams, destacou que ainda é prematuro pensar sobre quando começar a cortar juros.
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Ainda assim, o apoio aos juros foi pontual, e a opinião de analistas é unânime de que os retornos não vão voltar a subir tão cedo. “Assistir aos rendimentos de 10 anos testarem a baixa de 3,90% durante a semana trouxe à tona a preocupação óbvia de que os investidores estão querendo se acumular em um negócio que pode já ter terminado”, escreve o BMO Markets, enquanto o Bank of America (BofA) prevê o retorno da T-note de 10 anos caindo para 3,30% em 2024, com queda acentuada já no primeiro trimestre.
Para o analista-chefe da Oxford Economics, John Cavanan, os retornos da ponta longa verão uma debandada nessa reta final, com o juro da T-note de 10 anos caindo a pouco abaixo de 3,75% no início de 2024, enquanto o retorno do T-bond de 30 anos deve encontrar estabilidade entre 4% e 3,8%.