Os rendimentos dos Treasuries oscilaram instáveis ao longo desta sexta-feira, mas chegaram ao fim da tarde em alta. O relatório payroll nos EUA chegou a pressionar os retornos, ao mostrar crescimento na taxa de desemprego, mas a surpresa com índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais firmou uma reversão da tendência.
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Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,886%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,167% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 4,297%.
A maior economia do planeta gerou 187 mil postos de trabalho em agosto, acima da previsão de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que era de 175 mil. No entanto, houve drástica redução negativa na criação de empregos nos meses anteriores, enquanto a taxa de desemprego subiu a 3,8%.
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Os indicadores consolidaram a aposta de que o Federal Reserve (Fed) não voltará a elevar os juros básicos este ano, conforme mostrou o monitoramento do CME Group. Esse cenário já havia ganhado força nos últimos dias, com o arrefecimento das condições indicado pelos relatórios Jolts e da ADP.
“Os dados divulgados esta semana apoiam a ideia de uma economia que está gradualmente perdendo ímpeto, à medida que continua a normalizar após um rápido aperto da política monetária e o alívio de um grande choque de oferta provocado pela covid-19”, resume o TD Securities.
Em um primeiro momento, essa perspectiva exerceu pressão sobre os rendimentos da renda fixa americana. No entanto, no final da manhã, duas leituras diferentes de PMIs industriais vieram acima do previsto, embora permaneçam em território de contração.
Neste contexto, a Oxford Economics acredita que os juros básicos do Fed alcançaram o pico, mas que o processo de relaxamento monetário no ano que vem será gradual. “Uma perspectiva de inflação positiva e uma taxa de juro natural de longo prazo ainda baixa – mesmo que a taxa natural seja elevada no curto prazo – deverão manter baixos os rendimentos de longa duração dos Treasuries”, prevê.
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