Os rendimentos dos Treasuries recuaram hoje, depois de subirem durante parte do dia e o da T-note de 10 anos bater máximas acima de 5% – fato que não acontecia desde 2007. O ímpeto de alta visto no início do dia, porém, foi revertido, conforme as bolsas de Nova York melhoravam o desempenho e entravam no azul, enquanto o dólar enfraquecia no exterior, em um dia de volatilidade.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos caía a 5,054%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,842% e o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 5,003%.
Mais cedo, os rendimentos dos Treasuries conseguiram aproveitar o crescente medo com a inflação persistente nos EUA e o temor de um default no orçamento do governo americano. Segundo a Navellier, “não há dúvida de que o déficit orçamentário federal está exercendo pressão ascendente sobre os rendimentos dos títulos do Tesouro”, e o cenário deve piorar, diante de gastos extra do governo com a guerra em Israel e também na Ucrânia – que já foi motivo de impasse na Câmara dos Representantes anteriormente.
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O cenário deve permanecer exercendo pressão ascendente nos retornos dos Treasuries, conforme também aponta a Capital Economics, que credita a alta histórica de hoje também à incerteza inflacionária crescente.
Hoje, os rendimentos estavam voláteis, conforme mencionado pelo analista da BMO Capital Markets Ian Lyngen, que também avalia que a alta de hoje “não teve grandes motivos aparentes, já que não foi influenciada por dados macro”. Mas ele pondera que a sondagem do mercado por rendimentos da T-note de 10 anos acima de 5% foi “fortemente rejeitada”, em um ambiente de volume de negociações bem abaixo da média das últimas semanas.
Também hoje, Bill Ackman, gestor fundador da Pershing Square Capital Management, afirmou que cobriu sua posição contra títulos dos Treasuries de longo prazo.