A Legacy Capital diminuiu suas posições aplicadas (que apostam na queda) em juros em todos os países aos quais estava exposta. A avaliação é que o cenário para atividade e inflação nas economias do hemisfério norte devem influenciar no ciclo de afrouxamento monetário por lá.
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“O ritmo de atividade mais firme, especialmente nos Estados Unidos, e a inflação mais resistente no hemisfério norte devem limitar as quedas de juros pelos bancos centrais em 2024 e diminuir o upside (potencial de valorização) de posições aplicadas. Diante disso, reduzimos as posições aplicadas em juros em todos os países”, descreve a equipe de gestão da Legacy, em carta mensal divulgada nesta terça-feira (5).
Segundo a gestora, a direção aplicada nas posições se justifica pelos preços embutidos na curva de juros, além da expectativa de que, no curto prazo, “um comportamento mais suave da inflação e do ritmo de atividade nos Estados Unidos, na safra de dados a ser divulgada em março”.
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Já nas posições em renda variável, a Legacy mantém a aposta em uma perspectiva de continuidade no ciclo de investimento em cloud (serviço de nuvem). “O cenário positivo para o investimento em tecnologia, em especial a relacionada à migração para o ambiente cloud, potencializa, também, uma perspectiva mais positiva para a produtividade, para os lucros de um importante setor da economia e da bolsa dos Estados Unidos, e para a atividade econômica como um todo”, afirma a carta mensal.
A gestora planeja aumentar as posições direcionais em ações globais, “na medida em que surjam oportunidades nos preços”, e na Bolsa brasileira, com a visão de que “os múltiplos de algumas empresas estão atrativos”.
No mercado de câmbio, a Legacy mantém a posição vendida (que aposta na queda) em real contra o peso mexicano, de olho na perspectiva de um diferencial de juros entre essas economias à frente.
Resultado em fevereiro
Em fevereiro, o Legacy Capital B FIC apresentou baixa de 0,4%, acumulando valorização de 6,57% em 12 meses. Segundo a carta, houve ganhos com a carteira de bolsa externa e com o livro quantitativo, mas predominaram as perdas em posições aplicadas em juros.