A Líbia retomou as exportações de petróleo nesta quarta-feira, após um mês de paralisação. A retomada ocorreu depois que o país reiniciou a produção em campos de petróleo depois da demissão do presidente da estatal petrolífera, a Corporação Nacional de Petróleo (NOC, na sigla em inglês), por um dos governos rivais do país.
Leia também
Um navio-tanque com bandeira de Malta, Matala, atracou no terminal de al-Sidra para transportar um milhão de barris de petróleo bruto, disse a nova liderança da NOC. A embarcação, então, seguirá para a Itália.
Dois outros navios-tanque, o Nissos Sifnos, de bandeira das Ilhas Marshall, e o Crudemed, de bandeira da Libéria, estavam programados para embarcar 1,6 milhão de barris na quarta-feira dos terminais de Zueitina Ras Lanuf, segundo a NOC.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Na semana passada, a NOC retirou a “força maior” que havia sido declarada em abril em várias instalações petrolíferas depois que líderes tribais, alinhados com o poderoso comandante Khalifa Hifter, as fecharam. A força maior é uma manobra legal que permite a uma empresa abandonar suas obrigações contratuais em razão de circunstâncias extraordinárias.
Abdul Hamid Dbeibah, primeiro-ministro do governo base em Trípoli, anunciou na semana passada a demissão de Mustafa Sanalla, presidente da NOC. Ele nomeou Farhat Bengdara, ex-governador do banco central da Líbia, para chefiar a crucial companhia petrolífera.
A medida foi rejeitada por Sanalla, que disse que o governo de Dbeibah não tinha legitimidade.
O novo presidente da NOC, Bengdara, ficou conhecido por seus fortes laços com os Emirados Árabes Unidos e Hifter, cujas forças controlam as áreas leste e sul do país.
A Líbia é agora governada por duas administrações rivais, o governo de Dbeibah em Trípoli e o governo de Fathi Bashagha, que foi nomeado primeiro-ministro pelo Parlamento do leste em fevereiro e agora está baseado na cidade de Sirte.
Publicidade
Fonte: Associated Press.