A Fitch Ratings rebaixou os IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência de Emissor) de Longo Prazo em Moedas Local e Estrangeira da Light (LIGT3) e de suas subsidiárias integrais Light Serviços de Eletricidade (Light Sesa) e Light Energia para ‘CC’, de ‘CCC+’. Ao mesmo tempo, a agência rebaixou os ratings Nacionais de Longo Prazo destas companhias para ‘CC(bra)’, de ‘CCC(bra)’. Os ratings dos instrumentos de dívida em moeda estrangeira e em moeda local foram rebaixados para ‘CC’/’RR4’, de ‘CCC+’/’RR4’, e para ‘CC(bra)’, de ‘CCC(bra)’, respectivamente.
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Segundo a agência de classificação de riscos, o rebaixamento reflete a visão de que há elevada probabilidade de que o grupo Light entre em processo de reestruturação de dívida, seguindo as declarações feitas pela administração durante sua teleconferência de resultados do quarto trimestre. “A diretoria da Light manifestou publicamente a intenção de iniciar discussões com os credores, em um esforço para melhorar sua estrutura de capital e preservar o saldo de caixa durante a execução de seu programa de investimentos. A Fitch acredita que o processo de reestruturação da dívida se enquadrará na definição de processo de default-like, o que resultaria no rebaixamento dos ratings para ‘C’”, explica.
Segundo a Fitch, a flexibilidade financeira da Light se enfraqueceu devido à combinação de incertezas quanto à renovação da concessão e pressões no fluxo de caixa operacional, como resultado de significativas perdas de energia, elevadas despesas com juros e reembolsos de créditos tributários aos clientes. Estes fatores, juntamente com as altas métricas de alavancagem, levaram a empresa a contratar uma consultoria financeira especializada em reestruturação de dívidas.
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A Fitch acredita que o acesso da Light a financiamentos é limitado e/ou muito oneroso, devido às condições atuais do mercado e ao seu perfil de crédito. No entender da agência, a empresa não deve conseguir captar financiamentos necessários para suportar seu esperado fluxo de caixa livre (FCF) negativo e as amortizações de dívida em 2023 – que, pelas estimativas da agência, totalizarão entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,0 bilhões.