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- Segundo a companhia, a maior parte dos ajustes que impactou o quarto trimestre de 2022 se refere a uma provisão para devolução integral de créditos de PIS/Cofins aos consumidores nos termos da Lei 14.385/2022
- O consumo de energia faturado pela companhia em 2022 permaneceu em níveis inferiores ao pré-covid
A Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, fechou o ano de 2022 com um prejuízo de R$ 5,6 bilhões, afetada por efeitos não recorrentes contabilizados no quarto trimestre, que impactaram negativamente o resultado líquido consolidado, informou a companhia nesta noite. Em 2021, a distribuidora registrou lucro de R$ 398 milhões.
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No ano passado, a receita líquida da empresa foi de R$ 13,3 bilhões e o Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa, registrou R$ 1,7 bilhão, 28% superior a 2021.
Segundo a companhia, a maior parte dos ajustes que impactou o quarto trimestre de 2022 se refere a uma provisão para devolução integral de créditos de PIS/Cofins aos consumidores nos termos da Lei 14.385/2022. Essa provisão impactou negativamente o resultado líquido em R$ 2,7 bilhões.
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A distribuidora convive há anos com um desequilíbrio financeiro devido às dificuldades estruturais históricas da sua área de concessão, onde os níveis de inadimplência e furto de energia são muito superiores à média nacional.
Nos últimos anos, esse desequilíbrio na estrutura de capital da empresa está se agravando por conta do cenário macroeconômico e local. O consumo de energia faturado pela companhia em 2022 permaneceu em níveis inferiores ao pré-covid, informou a Light no comunicado que acompanha os resultados do ano.
Contratação da Laplace pela Light
Logo depois do escândalo da Americanas (AMER3) ter movimentado o mercado, no dia 31 de janeiro a Light (LIGT3) anunciou, via ofício à CVM, a contratação da consultoria financeira Laplace, a mesma que assessorou a Oi (OIBR3) em sua recuperação judicial.
Mas a contratação deixou o mercado em alerta sobre possíveis dificuldades que a concessionária de energia poderia ter para rolar suas dívidas, já que reduz as chances de credores ofertarem novos financiamentos à empresa. Como resultado, as ações da companhia se desvalorizaram mais de 10%.
Para saber mais detalhes sobre este caso, confira esta matéria.
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