Itaú fecha 3º trimestre com lucro de R$ 11,9 bilhões. (Imagem: Adobe Stock)
O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou lucro líquido de R$ 11,876 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 11,3% ante igual período de 2024 e de 3,2% frente ao segundo trimestre. O ROE permaneceu elevado, em 23,3%, acima dos 22,7% em relação ao ano anterior. O indicador, que mede quanto o banco consegue gerar de retorno para cada real investido pelos acionistas, segue entre os mais altos do setor.
A margem financeira gerencial atingiu R$ 31,3 bilhões, avanço de 10,1% em 12 meses e de 0,7% sobre o trimestre anterior. Com clientes, o indicador subiu 11%, para R$ 30,479 bilhões, enquanto a margem com mercado avançou 14,6%, somando R$ 902 milhões.
As receitas com serviços e seguros totalizaram R$ 11,732 bilhões, crescimento anual de 7,1% e de 4% em relação ao 2º trimestre. Entre os destaques, cartões registraram alta de 6,1%, para R$ 3,34 bilhões, com volume transacionado de R$ 230,5 bilhões (+5,9%). No banco de investimento, as receitas com assessoria e corretagem avançaram 9,8%, para R$ 1,277 bilhão. O resultado de seguros, previdência e capitalização atingiu R$ 2,977 bilhões, avanço de 17,8% em 12 meses.
A carteira de crédito total fechou o trimestre em R$ 1,4 trilhão, crescimento de 7,5% em 12 meses (sem câmbio) e de 1,7% frente ao trimestre anterior. No varejo, a carteira para pessoas físicas avançou 6,5%, a R$ 456 bilhões, impulsionada por cartões e crédito imobiliário — este com alta de 15%, a R$ 137 bilhões. Já o consignado caiu 3,1% no ano.
Entre empresas, as operações para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) cresceram 7,5%, a R$ 278 bilhões, e para grandes empresas, 9,4%, a R$ 438 bilhões. Na América Latina, o saldo ficou em R$ 229 bilhões, estabilidade na comparação anual.
A inadimplência acima de 90 dias ficou em 1,9%, estável frente ao segundo trimestre e 0,1 ponto percentual abaixo de dezembro. No varejo, o indicador para pessoas físicas no Brasil foi de 3,6%, melhor nível da série. Entre micro, pequenas e médias empresas, houve alta de 0,1 p.p., para 1,7%, refletindo o fim de carências de programas governamentais. Para grandes companhias no Brasil, a taxa ficou em 0,11%, ante 0,08% no trimestre anterior.
O banco elevou o guidance (previsão de desempenho futuro) para a margem com mercado em 2025, que passou para um intervalo entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões, ante a faixa anterior de R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões.
As demais metas financeiras foram mantidas, incluindo crescimento da carteira entre 4,5% e 8,5%, avanço da margem com clientes entre 11% e 14%, custo de crédito entre R$ 34,5 bilhões e R$ 38,5 bilhões e alíquota de IR/CS entre 28,5% e 30,5%. O Itaú (ITUB4) reforçou ainda considerar custo de capital próximo de 15% a.a. desde fevereiro.