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“As pessoas estão viciadas, gastando o que não têm”, diz Lula sobre bets

Segundo o presidente, a situação envolvendo as apostas online deve ser tratada como uma questão de dependência

“As pessoas estão viciadas, gastando o que não têm”, diz Lula sobre bets
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (3) que há muitas pessoas viciadas em apostas on-line, ou “bets“, gastando o que não têm e se endividando. Ele também afirmou que o governo tirará uma posição sobre o tema.

As declarações foram dadas na abertura de uma reunião sobre o assunto no Palácio do Planalto, que ainda está em andamento nesta quinta-feira (3). O áudio da fala de Lula acaba de ser divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República.

O assunto ganhou espaço no noticiário e no debate público depois de o Banco Central divulgar um estudo em que afirmava que as bets haviam recebido R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família em agosto. As empresas contestam os números.

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“Tem muita gente se endividando, tem muita gente gastando o que não tem e nós achamos que isso tem que ser tratado como uma questão de dependência”, disse o presidente da República. Lula mencionou que as apostas on-line, operadas por empresas conhecidas como “bets”, começaram a ser regulamentadas no governo de Michel Temer. Mas, de acordo com petista, a gestão de Jair Bolsonaro não fez “absolutamente nada” sobre o assunto. “Quando nós entramos no governo, já no primeiro semestre, a gente começou a fazer uma avaliação do setor pelo Ministério da Fazenda“, declarou Lula.

A reunião tem representantes dos ministérios da Fazenda, da Justiça, da Casa Civil, da Advocacia Geral da União, do Desenvolvimento Social, e do Esporte, além da vice-presidência da República e da Polícia Federal. Os órgãos foram mencionados por Lula em sua fala. Segundo ele, o governo tirará do encontro uma proposta para ser apresentada. Ao final de seu breve discurso, Lula passou a palavra para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentar as ideias de sua pasta sobre o tema.