O aumento de capital de até R$ 1,25 bilhão anunciado no domingo (28) pelo Magazine Luiza (MGLU3) indica um compromisso firme da família controladora da empresa em injetar dinheiro no negócio, avaliam analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos. Em relatório assinado por Pedro Pinto, do BBI, e Flávia Meireles, da Ágora, a expectativa é que a notícia traga uma reação positiva no preço das ações.
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A família Trajano entrará com R$ 1 bilhão na operação, de acordo com fato relevante divulgado pela companhia. O BTG Pactual (BPAC11) se comprometeu a ficar com R$ 250 milhões em ações e também terá papel importante de financiador na parte dos recursos que a família vai aportar. No aumento de capital, o preço fixado para a ação será de R$ 1,95.
Na sexta-feira (26), o papel fechou em R$ 2,08. Nos dois casos, como indica o próprio fato relevante, a cotação está bem distante dos níveis do papel da empresa nos últimos anos. O movimento vem em um momento favorável neste início de ano, já que as taxas de juros estão em queda e a originação de crédito deve melhorar.
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“A onerosa estrutura de capital do Magalu – e, portanto, as despesas financeiras – tem sido um dos principais entraves aos resultados financeiros e ao fluxo de caixa nos últimos anos”, aponta o texto. Os especialistas consideram que o aumento de capital, aliado à tendência contínua de expansão de margens, pode levar o Magazine Luiza “a reverter perdas e finalmente apresentar lucro líquido positivo em 2024”.
As casas mantêm recomendação neutra para o papel, enquanto esperam para ver a evolução do perfil de geração de caixa nos próximos trimestres com a estrutura de “balanço patrimonial melhorada” e a flexibilização das condições macroeconômicas.