Investidores podem contar com liquidez reduzida no mercado financeiro hoje em meio ao fechamento das bolsas em Nova York e encerramento mais cedo do mercado de Treasuries (títulos públicos americanos) devido ao funeral do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter. Sem indicadores americanos previstos para esta quinta-feira (9), as atenções ficam sobre dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que participam de eventos ao longo da sessão.
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Por aqui, as vendas no varejo no Brasil também serão monitoradas em meio a expectativas de queda em novembro ante outubro, mas crescimento anual perto de 5% para o setor em 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de duas reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar sobre os vetos ao projeto de lei de renegociação da dívida dos Estados e a presidência brasileira dos BRICS (sigla que junta as iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
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Sem a referência das bolsas americanas, o Ibovespa pode ter desempenho contido em meio a sinais divergentes das commodities.
Os principais fatores que movimentam o mercado hoje
Bolsas internacionais: destaque para Europa e China
A maioria das bolsas europeias opera no terreno positivo, com Londres liderando ganhos, impulsionado pela desvalorização da libra, que atingiu mínima em um ano por preocupações fiscais e alta nos rendimentos dos Gilts (títulos públicos do Reino Unido) de 10 e 30 anos. O euro também recua frente ao dólar em meio ao fôlego curto das vendas no varejo da zona do euro e no aguardo de declarações dos membros do Fed. Apesar da produção industrial alemã acima do esperado, a bolsa de Frankfurt segue em queda por temores de recessão.
Na China, a inflação anual ao consumidor (CPI) desacelerou para 0,1% em dezembro. Em 2024, o CPI chinês acumulou alta de 0,2%, igual à de 2023, indicando efeito limitado sobre o consumo dos pacotes de estímulos já adotados e possibilidade de que Pequim anuncie mais ações de incentivo econômico e fiscal. As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, enquanto investidores digeriam novos dados da inflação chinesa.
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Além disso, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira que emitirá letras do banco central em Hong Kong na semana que vem. A ferramenta normalmente é usada para estabilizar a taxa de câmbio do yuan no mercado offshore (fora do país). A emissão de letras tem o objetivo de melhorar a curva de rendimento dos títulos em yuan em Hong Kong.
Impacto das commodities no Ibovespa hoje
Os contratos futuros do petróleo recuam, ampliando perdas de mais de 1% de ontem, ainda pressionados por um forte avanço nos estoques de gasolina dos EUA na semana passada. Preocupações sobre um aperto na oferta de integrantes da Opep e da Rússia limitam a queda da commodity.
Já o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para maio de 2025, fechou em alta de 0,53%, cotado a 754,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 102,91.
Câmbio
O dólar sobe ante euro e libra, ampliando ganhos recentes, mas se enfraquece ante o iene, enquanto investidores digerem dados de vendas no varejo da zona do euro e aguardam comentários de várias autoridades do Federal Reserve. Mais cedo, dado da produção industrial alemã melhor do que o esperado ajudou o euro a reduzir perdas brevemente.
Bolsa brasileira nesta quinta-feira
O dia segue sem a influência das bolsas de NY, deixando o Ibovespa hoje com liquidez reduzida no mercado. A alta do minério de ferro pode ajudar ações da Vale (VALE3), enquanto a queda do petróleo pode pressionar os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) em meio a volumes enxutos de negócios.
Os mercados de câmbio e de juros podem ter oscilações mais contidas diante do viés positivo do dólar ante moedas principais (DXY, índice que compara a moeda norte-americana com outras de grande expressão mundial) e das taxas curtas e médias dos Treasuries, embora em leve baixa no vértice longo.
Os dados de varejo interno podem vir mais fracos em novembro, mas não alteram expectativas de mais duas elevações de um ponto porcentual da taxa Selic nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em janeiro e em março diante do hiato do produto mais alto em três décadas. Confira ao longo do dia mais notícias sobre o mercado financeiro hoje.
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*Com informações do Broadcast
