O mercado financeiro previu um rombo primário maior para o governo central no próximo ano na comparação com os cálculos feitos um mês antes, também piorando a expectativa para a dívida bruta, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Ministério da Economia.
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Agora, a perspectiva é de déficit primário de 97,739 bilhões de reais em 2022, ante 83,100 bilhões de reais estimados em outubro, segundo mediana das projeções.
A dívida bruta deve subir a 84% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, ante projeção anterior de 82,8%.
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Já para este ano a conta do resultado primário foi melhorada a um déficit de 111,596 bilhões de reais, frente a 129 bilhões de reais no boletim Prisma anterior.
A estimativa é de uma dívida bruta fechando 2021 em 81,5%, ligeiramente acima do patamar de 81,39% visto anteriormente.
A piora para o ano que vem ocorre após sinalizações do governo de que realizará um maior volume de gastos, especialmente com o Auxílio Brasil, programa que sucedeu o Bolsa Família e que terá, extraordinariamente no ano eleitoral de 2022, benefício de 400 reais por família.
Para tanto, o governo aposta na aprovação da PEC dos Precatórios, que abrirá espaço orçamentário de 91,6 bilhões de reais em 2022 ao instituir um limite anual para o pagamento das sentenças judiciais perdidas em definitivo pela União, ao mesmo tempo em que muda a janela de correção da regra do teto de gastos.
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A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas ainda precisa ser analisada no Senado.