O que este conteúdo fez por você?
- Segundo especialistas em finanças, as pessoas precisam aproveitar a renda extra para quitar as dívidas em atraso
- A medida é importante também por conta do aumento da inflação e da Selic no Brasil
- Caso sobre dinheiro, as orientações são: criar ou reforçar a reserva de emergência e aplicar em investimentos de acordo com os objetivos pessoais
O prazo para o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário termina nesta terça-feira (30). A próxima cota deve ser paga até o dia 20 de dezembro. Com o pagamento do benefício, os brasileiros precisam ficar atentos para a oportunidade de organizar as finanças pessoais e começar 2022 sem dívidas. A renda extra surge em um período propenso ao consumo, por conta da aproximação das festas de fim de ano, o que aumenta o risco de utilizar essa remuneração a mais sem nenhum planejamento ou cautela.
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Os motivos não faltam para utilizar o pagamento do 13º salário de forma racional, com o propósito de trazer “folgas” no orçamento durante os próximos meses. Uma das razões é o aumento da inflação no Brasil, que tem comprometido o poder de compra dos brasileiros. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado dos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medida para indicar a inflação no País, atingiu o patamar de 10,6%.
Além disso, desde o início do ano, o Banco Central tem aumentado a taxa Selic com o objetivo de frear a inflação no País. Em janeiro, a taxa básica de juros da economia era de 2%. No último mês de outubro, a Selic passou para 7,75%. Um comportamento que torna mais caro o acesso ao crédito para o consumidor.
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Com esse cenário nada animador, o E-Investidor consultou especialistas em educação financeira e selecionou quatro dicas para te ajudar a ajustar o orçamento com o 13º salário e começar o ano novo no azul. Confira:
1) Quite suas dívidas e não se endivide
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 74,6% das famílias brasileiras fecharam o mês de outubro endividadas. Se você faz parte desta realidade com contas em atraso, a recomendação de Nathalia Arcuri, especialista em finanças e CEO do ME Poupe!, é que analise a sua situação financeira para identificar quais dívidas devem ser priorizadas.
“É possível investir o dinheiro no seu desendividamento. Opte por aquelas dívidas com juros mais agressivos ou com multas. Planeje de acordo com a sua necessidade do momento”, orienta a especialista.
Além desse processo, é importante também não criar novas dívidas. Com a aproximação das festas de fim ano, o consumidor costuma ser “bombardeado” pelas promoções e ofertas do setor de varejo. Valter Police, também especialista em finanças, alerta para a importância da redução das pendências financeiras.
“Os juros no Brasil estão ficando mais caros. Então, é uma bola de neve. Quanto mais as pessoas puderem não se endividar, melhor a situação financeira que elas vão ter”, alerta.
2) Faça reserva de emergência
Caso você quite todas as suas dívidas e ainda sobre uma parte desta remuneração, aproveite para reforçar a sua reserva de emergência. O recurso é destinado para arcar com as despesas não previstas. “Com a reserva de emergência, as pessoas não precisam recorrer a empréstimos. Isso reduz a chance de se endividar no futuro”, recomenda Police.
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Mas quanto se deve destinar para a reserva de segurança? Segundo Arcuri, o valor vai depender de quanto você estiver guardado para possíveis imprevistos. “Caso esse seja o começo da reserva, será preciso investir um pouco mais. É importante que a sua reserva de emergência represente, no mínimo, seis meses do seu custo de vida”, ressalta.
3) Planeje-se para o futuro
Além de pensar em uma reserva financeira para despesas não programadas, você também precisa se preparar para as despesas típicas dos primeiros meses do ano, como renovação de contratos, pagamento de IPVA e materiais escolares dos filhos. “O dinheiro do 13º pode ser destinado para o futuro próximo. Tão importante quanto sair do vermelho, é simplesmente não entrar nele”, alerta Arcuri.
4) Faça investimentos
Guardar dinheiro não é o suficiente. Tente destinar uma parte do 13º salário, caso seja possível, para investir e obter lucros nos próximos meses. No entanto, antes de decidir o tipo de investimento, é preciso definir os propósitos destinados para a utilização desse dinheiro. “É sempre importante ressaltar também que você deve ter um ‘porquê’ de estar fazendo isso. Qual é a sua meta? Coloque no papel e separe uma quantia do dinheiro para aplicações que vão te dar mais dinheiro”, destaca a especialista.
Com as metas estabelecidas, o próximo passo é pensar qual tipo de investimento te dará a rentabilidade necessária no prazo determinado. Segundo Arcuri, para objetivos de curto prazo, a renda fixa é a melhor opção. “Bons investimentos podem ser as carteiras digitais com rendimento acima de 100% do CDI, que são alternativas básicas e úteis, que não geram muito trabalho, não apresentam riscos, e podem ser utilizadas basicamente a qualquer momento“.