Metais: cobre fecha em baixa, pressionado por temores com atividade global

Por Matheus Andrade e Nathália Coelho, Estadão Conteúdo

04/01/2023 | 15:39 Atualização: 04/01/2023 | 15:42

O contrato futuro mais líquido do cobre fechou em baixa nesta quarta-feira (04), em sessão marcada por temores com a atividade global, que foram reforçados pela publicação de indicadores do setor industrial nos últimos dias. Hoje, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) manufaturado dos Estados Unidos apresentou queda, o que elevou a cautela, que já vinha forte desde a divulgação dos dados chineses.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março caiu 0,69%, a US$ 3,7405 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 0,77% por volta de 15 horas (de Brasília), a US$ 8256,00.

Analistas estão alertando para o aumento do risco de correção de baixa para os preços do metal. A contração do setor fabril dos EUA se aprofundou em dezembro, com o S&P Global PMI de manufatura dos EUA caindo para 46,2, a leitura mais baixa desde o bloqueio inicial do Covid-19 em maio de 2020, lembraram analistas da Galaxy Futures em nota. Uma recessão global parece mais provável, o que poderia compensar parcialmente qualquer recuperação da demanda da China após a reabertura, dizem eles. Além disso, as atividades manufatureiras sazonalmente mais lentas na China antes do próximo Ano Novo Lunar podem diminuir ainda mais o interesse de compra, acrescenta a Galaxy.

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O Danske Bank reviu suas projeções para China, dizendo esperar que o PIB sofra um impacto maior no quarto e no primeiro trimestres, mas que a recuperação econômica tenha início já em fevereiro ou março, três a quatro meses antes do que anteriormente esperado.

Segundo análise da TD Securities, o movimento de venda dos metais por traders em Xangai empurrou os preços para baixo, tendência que deverá seguir por mais tempo.

Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 1,73%, a US$ 2.271,00; a do chumbo tinha baixa de 0,96%%, a US$ 2.263,50; a do níquel baixava 6,65%, a US$ 29.250,00; a do estanho recuava 0,91%, a US$ 25.145,00; e a do zinco tinha alta de 0,08%, a US$ 2.992,00.

*Com informações Dow Jones Newswires.

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