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As 16 ações que chegaram à máxima histórica em 2022 e derreteram depois

Levantamento do Trademap mostra papéis que cederam perto de 30% depois de baterem a máxima no fim de 2022

As 16 ações que chegaram à máxima histórica em 2022 e derreteram depois
(Foto: Envato)
  • Atingir a máxima histórica em um ano atípico como foi 2022 não era uma tarefa fácil, mas manter as ações negociando a altos patamares na bolsa foi ainda mais difícil para algumas companhias
  • Um levantamento realizado por Einar Rivero, do Trademap, mostra 16 ações que bateram suas altas históricas durante o quarto trimestre de 2022, mas logo em seguida viram as máximas irem embora
  • Uma espécie de efeito rebote que penalizou os ativos de grandes companhias como Petrobras, Itaú, Banco do Brasil e Eletrobras

Atingir a máxima histórica em um ano atípico e cheio de excepcionalidades e frustrações como foi 2022 não era uma tarefa fácil. Mas manter as ações negociando a altos patamares na bolsa foi ainda mais difícil para algumas companhias. O próprio Ibovespa, que chegou a negociar acima dos 130 mil pontos nos primeiros meses do ano, encerrou o período na casa dos 109 mil pontos; veja a retrospectiva.

Um levantamento realizado por Einar Rivero, do Trademap, mostra 16 ações que bateram suas altas históricas durante o quarto trimestre de 2022, mas logo em seguida viram as máximas irem embora. Uma espécie de efeito rebote que penalizou os ativos de grandes companhias como Petrobras, Itaú, Banco do Brasil e Eletrobras.

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Entre as ações que mais sofreram com esse “efeito rebote” estão as petroleiras 3R Petroleum (RRRP3) e as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3/PETR4). O ano de 2022 foi marcado por uma alta expressiva no preço do petróleo, que ajudou a sustentar bons desempenhos dessas companhias, especialmente no primeiro semestre do ano.

A RRRP3 atingiu sua máxima histórica no dia 4 de novembro, quando estava cotada a R$ 51,31. No dia 22 de dezembro, data do levantamento, os papéis valiam R$ 33,10, uma queda de 35,5% em menos de dois meses.

Já as ações da Petrobras atingiram sua máxima na véspera do segundo turno das eleições presidenciais, em 21 de outubro, dia em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) se aproximou do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto.

O movimento acendeu no mercado a esperança de que Bolsonaro pudesse ser reeleito, dando continuidade às políticas mais liberais que ajudaram a companhia estatal a entregar resultados expressivos durante todo seu mandato.

A PETR4 chegou a bater R$ 33, enquanto a PETR3 atingiu R$ 36,96. No dia 22 de dezembro, porém, já estavam sendo precificadas a R$ 23,99 e R$ 27,17, respectivamente – uma queda de 27,3% e 26,5%.

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“Os principais pontos que explicam essa máxima histórica são o petróleo em alta e o próprio desempenho da companhia”, explica Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira para investidores.

O analista destaca que, desde 2016, a companhia passou por uma mudança de diretrizes, vendendo ativos que não eram ligados ao negócio central, reduzind oo endividamento, melhorando o capex dos investimentos; um processo que resultou no pagamento de um dividend yield de dois dígitos em 2022.

A eleição de Lula, no fim de outubro, fez com que o mercado começasse a precificar maior intervenção na estatal, o que penalizou as ações. “Já se fala em aumentar investimentos em refinarias, outros projetos que não são tão benéficos para o investidor minoritário”, explica Galindo. “Isso afastou bastante os investidores, gerando um medo maior por intervenções que possam prejudicar a companhia e os acionistas”.

Outro papel que também sofreu com esse efeito rebote foi o RENT3, da Localiza. As ações chegaram a valer R$ 72,99 no dia 4 de novembro. Em 22 de dezembro, valiam R$ 53,05; 27,3% menos. “A ampliação dos temores com a situação fiscal do país se refletiu em um aumento relevante na taxa de juros futura, o que penalizou empresas como a Localiza”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da BRA BS.

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