O cobre fechou em alta nesta quinta-feira (5), após estancar a sequência de quatro sessões em queda atribuída à perspectiva de demanda global fraca pela commodity. Os mercados hoje firmaram apostas sobre a flexibilização monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), pressionando o dólar no exterior, o que tende a melhorar a atratividade de commodities para detentores de outras moedas.
Leia também
O cobre para dezembro fechou em alta de 1,43%, a US$ 4,1375 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O cobre para três meses era negociado com alta de 1,47%, a US$ 9.097,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), por volta das 13h57 (de Brasília).
Para o MUFG, o pior da correção de preços dos metais básicos provavelmente já passou e o esperado início da flexibilização da política monetária nos EUA deve dar suporte aos preços do cobre. Hoje, uma bateria de dados de emprego e serviços dos EUA indicou desaceleração do mercado de trabalho, mas afastou temores de recessão da economia americana, firmando expectativas de flexibilização pelo Fed em ritmo modesto e impulsionando preços de commodities metálicas e do petróleo.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
No entanto, o MUFG pondera que metais industriais, liderados pelo cobre, alumínio e níquel, permanecem bem abaixo dos picos de maio, devido aos estoques elevados e ao mal-estar persistente com a economia da China causado por seu setor imobiliário em dificuldades. Na visão dos analistas do banco, isso está atrasando os déficits estruturais esperados pela demanda por matérias-primas aplicadas na transição verde.
O cenário é de que a demanda pela transição verde crescerá bastante, avalia Simon Lacoume, economista da Coface global, especializado em Metais & Siderurgia. Para o analista, o cobre é altamente sensível nesse cenário, e o transporte rodoviário será fator determinante na descarbonização do transporte”.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio cedia 0,60%, a US$ 2.385,00; a do níquel tinha baixa de 0,50%, a US$ 16.070,00; a do estanho subia 0,66%, a US$ 30.640,00. A tonelada do zinco recuava 2,48%, a US$ 2.733,50, e a do chumbo perdia 1,19%, a US$ 1.991,50.