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- O Índice de Dividendos da B3 (IDIV) encerrou agosto com uma valorização mensal de 6,69%, pouco acima dos ganhos do Ibovespa, que teve seu melhor resultado do ano
- Apesar do pânico generalizado das bolsas globais no início do mês, o iminente corte de juros do Fed anima o mercado de ativos de risco brasileiro
- Nesse cenário, o E-Investidor consultou corretoras e bancos sobre as recomendações para ganhar em dividendos no mês de setembro. Os destaques são da Petrobras e Banco do Brasil
O Índice de Dividendos da B3 (IDIV) encerrou agosto com uma valorização mensal de 6,69%, pouco acima dos ganhos do Ibovespa, que subiu 6,54% no período e conquistou seu melhor resultado do ano. O mês, marcado pela queda global de Bolsas e diversos balanços financeiros na primeira quinzena, trouxe bons resultados para as ações distribuidoras de dividendos.
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O início de agosto marcou uma das maiores quedas generalizadas nos mercados globais, ocorrida no dia 5 de agosto, quando a Bolsa do Japão teve sua pior baixa em quase 40 anos, vendo o índice Nikkei desabar 12,4% em Tóquio. O temor por uma recessão nos Estados Unidos foi o fator que desencadeou esse cenário, após dados do payroll (relatório oficial de empregos americano) mostrarem a criação de 114 mil trabalhos em julho, muito abaixo do piso das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 135 mil a 225 mil vagas, com mediana de 180 mil – os números relativos a agosto serão anunciados na sexta-feira, veja o calendário econômico completo de setembro aqui.
No entanto, a análise de dados posteriores ao payroll aliviaram as preocupações em torno de uma recessão no país, demonstrando que a economia americana segue aquecida. Com isso, o foco retornou para a expectativa iminente do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em setembro, o que impulsionou uma boa performance dos ativos de risco nas últimas semanas de agosto.
O Fed manteve a taxa dos Fed Funds (como são chamados os juros básicos por lá) na faixa entre 5,25% a 5,50% ao ano na decisão de política monetária de julho. A reunião de setembro, que acontece nos dias 17 e 18, tem previsão de um corte de 0,25 pontos porcentuais. E isso pode impactar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a mesma data.
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Por aqui, a desancoragem das expectativas de inflação em um momento de transição de mandatos na presidência do Banco Central faz uma parte cada vez mais relevante do mercado acreditar que a instituição monetária precisará subir a taxa básica de juros brasileira, a Selic, na próxima reunião – o que pode ser positivo. Nesta reportagem, mostramos a opinião de grandes gestores do mercado sobre o tema.
A combinação de uma economia norte-americana ainda resiliente com o início do ciclo de cortes de juros deixa boas perspectivas para os ativos de risco, especialmente nos mercados emergentes. “De fato, já começamos a notar um fluxo positivo de estrangeiros para os ativos brasileiros, o que inclusive contribuiu para a ótima valorização do Ibovespa no mês”, revelam os analistas da Empiricus.
A temporada de balanços corporativos do segundo trimestre de 2024 também foi recebida com otimismo pelo mercado, em meio ao impulso nos números operacionais das companhias. Além disso, na última semana de agosto, outra notícia impactou positivamente o mercado: a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, para substituir Roberto Campos Neto na presidência da instituição a partir de janeiro de 2025. A indicação de Galípolo já era esperada por analistas.
Os resultados do mês reforçam a sensação de que o Brasil segue crescendo acima das expectativas. A Empiricus acredita que, mesmo com a desancoragem da inflação não resolvida, o “discurso bem mais diligente e preocupado dos membros do Banco Central com relação às metas inflacionárias ajudou a conter a alta do dólar e dos juros”.
Ações com retornos de dividendos em destaque
Com as expectativas de o Ibovespa manter o patamar positivo neste mês, o E-Investidor consultou dez corretoras e bancos em busca das ações recomendadas para ganhar dividendos em setembro. Os papéis em destaque foram os da Petrobras (PETR3; PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3), indicados por seis casas cada um. Na sequência, vieram os ativos do BB Seguridade (BBSE3) e da Telefônica Brasil (VIVT3), com cinco menções cada um.
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A Petrobras realizou, em 21 de agosto, o pagamento da primeira parcela dos dividendos aprovados em maio. Essa foi a primeira parte do montante de R$ 13,45 bilhões de dividendos anunciados pela estatal. Na segunda, que pode ser enviada em setembro, o valor pago pela empresa corresponde a R$ 0,447367 pelas ações ordinárias (PETR3) e R$ 0,447367 pelas preferenciais (PETR4). Investidores com posições acionárias junto à Petrobras até o dia 11 de junho deste ano têm direito aos proventos da estatal brasileira do petróleo.
O Banco do Brasil ainda tem um valuation (valor da empresa) considerado atrativo, na visão do BTG Pactual. No início de agosto, após divulgar os números do segundo trimestre, a instituição também aproveitou para atualizar seu guidance (projeções financeiras) para 2024, o que agradou o banco. “Com um dividend yield (rendimento de dividendos) de aproximadamente 11% e dado o atual cenário de capital saudável do banco, ainda vemos razões para manter nossa recomendação de compra”, indica o time do BTG.
No caso do BB Seguridade, a empresa apresentou seu balanço financeiro do segundo semestre registrando lucro líquido de R$ 1,9 bilhão, em linha com a estimativa da Ágora Investimentos. Embora a empresa esteja operando abaixo de sua orientação para 2024 para prêmios emitidos na Brasilseg, os analistas acreditam que esses números não trarão mudanças expressivas nas expectativas para o ano. “A ação continua oferecendo um rendimento atrativo de quase de 8% de dividendos, o que também deve seguir proporcionando um importante suporte para as cotações”, indicam os especialistas da casa.
Outra ação que se destacou nas recomendações dos bancos e corretoras, a Telefônica Brasil (VIVT3), deve pagar dividendos aos acionistas ainda no segundo semestre, com expectativa de um rendimento de dividendos superior a 7% em 2024. Outro ponto que chama a atenção diz respeito à decisão da empresa de telecomunicações, no início deste ano, de manter o pagamento de dividendos próximos a 100% do lucro líquido anual até 2026.
Veja todas as recomendações de dividendos para setembro
Ágora
A Ágora realizou a troca das ações da Telefônica Brasil (VIVT3) pelos papéis da Tim (TIMS3).
Ações |
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Vale (VALE3) |
Cemig (CMIG4) |
Itaúsa (ITSA4) |
BB Seguridade (BBSE3) |
Tim (TIMS3) |
BB Investimentos
Para setembro, o BB Investimentos tirou a CPFL Energia (CPFE3) e a Cemig (CMIG4) para dar espaço às ações da ABC Brasil (ABCB4) e Vibra (VBBR3).
Ações |
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Bradespar (BRAP4) |
ABC Brasil (ABCB4) |
CSN Mineração (CMIN3) |
Vibra (VBBR3) |
Copasa (CSMG3) |
Petrobras (PETR4) |
Taesa (TAEE11) |
Tim (TIMS3) |
Isa Cteep (TRPL4) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
BTG Pactual
Para a carteira de setembro, o BTG retirou as ações da Vibra (VBBR3), Bradesco (BBDC4) e Tim (TIMS3), dando lugar aos papéis da Allos (ALOS3), Porto Seguro (PSSA3) e Petrorecôncavo (RECV3).
Ações |
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Petrobras (PETR4) |
Itaú (ITUB4) |
Vale (VALE3) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Eletrobras (ELET6) |
Copel (CPLE6) |
BB Seguridade (BBSE3) |
Allos (ALOS3) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Gerdau (GGBR4) |
Petrorecôncavo (RECV3) |
Fleury (FLRY3) |
Cyrela (CYRE3) |
Empiricus
A casa retirou as ações da SLC Agrícola (SLCE3) e adicionou a Direcional (DIRR3) para o mês de setembro.
Ações |
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Gerdau (GGBR4) |
Eletrobras (ELET6) |
Direcional (DIRR3) |
Porto Seguro (PSSA3) |
B3 (B3SA3) |
Genial Investimentos
Em relação ao mês de agosto, saíram as ações do BB Seguridade (BBSE3), Iochp-Maxion (MYPK3) e Vale (VALE3), com inclusão dos papéis da Caixa Seguridade (CXSE3), Taesa (TAEE11) e Unipar (UNIP6).
Ações |
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Caixa Seguridade (CXSE3) |
Taesa (TAEE11) |
Cury (CURY3) |
Petrobras (PETR4) |
Unipar (UNIP6) |
Guide Investimentos
A Guide substituiu a Ambev (ABEV3) pelas ações do Banco ABC (ABCB4).
Ações |
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Alupar (ALUP11) |
BB Seguridade (BBSE3) |
CPFL Energia (CPFE3) |
Eletrobras (ELET3) |
Petrobras (PETR4) |
ABC Brasil (ABCB4) |
Vale (VALE3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
PagBank
O PagBank tirou a Engie (EGIE3) da sua carteira recomendada de dividendos para setembro e adicionou a Cemig (CMIG4).
Ações |
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Cemig (CMIG4) |
BB Seguridade (BBSE3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Petrobras (PETR4) |
Planner Investimentos
A Planner reformulou sua carteira quase por completo. Saíram BB Seguridade (BBSE3), Grendene (GRND3), Taesa (TAEE11) e Vale (VALE3), com entrada de Copasa (CSMG3), Ferbasa (FESA4), Itaú (ITUB4) e Telefônica Brasil (VIVT3).
Ações |
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Banco do Brasil (BBAS3) |
Copasa (CSMG3) |
Ferbasa (FESA4) |
Itaú Unibanco (ITUB4) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Santander
O Santander não fez alterações em sua carteira recomendada de dividendos para este mês.
Ações |
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Banco do Brasil (BBAS3) |
Copel (CPLE6) |
Cury (CURY3) |
Eletrobras (ELET6) |
Copasa (CSMG3) |
Itaú Unibanco (ITUB4) |
Petrobras (PETR3) |
Santos Brasil (STBP3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Vale (VALE3) |
Vibra (VBBR3) |
Terra Investimentos
A Terra não alterou sua carteira recomendada de dividendos para setembro.
Ações |
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Itaúsa (ITSA4) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Bradespar (BRAP4) |
Copel (CPLE6) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Não é demais lembrar que todas as empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira são obrigadas a distribuir proventos a seus acionistas, a cada exercício social, por força da Lei 6.404 de 1976, chamada ‘Lei dos Dividendos’.
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