Os contratos futuros de cobre fecharam em queda de mais de 1% nesta quarta-feira (6), com a deterioração no sentimento de risco após surpreendente dado de serviços nos Estados Unidos trazer de volta às mesas de operações o cenário de mais aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). O dado deu fôlego ao dólar globalmente, em um movimento que pesa sobre commodities.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega agendada para dezembro encerrou a sessão em baixa de 1,62%, a US$ 3,7860 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 1,29%, a US$ 8.364,00, por volta das 14h (de Brasília).
Duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços apresentaram direcionamento divergentes, emboras ambas sigam em terreno de expansão. O mercado reagiu, em particular, à impressão do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), que teve inesperado avanço e sugeriu resiliência do setor.
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Nesse ambiente, investidores voltaram a precificar de maneira majoritário mais aperto monetário pelo Fed ainda este ano, conforme mostrou monitoramento do CME Group. Esse quadro deflagrou uma fuga do risco, que teve nas commodities como umas das principais vítimas.
No caso dos metais básicos, há ainda incertezas sobre a economia chinesa, que enfrenta desafios no mercado imobiliário. Apesar disso, a Capital Economis acredita que estímulos no país asiático devem apoiar essa classe de ativos nos próximos meses. “Os preços deverão subir em 2024, uma vez que a flexibilização monetária apoia o crescimento das economias avançadas, enquanto a oferta permanece limitada”, avalia.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio caía 0,14%, a US$ 2.189,00; a do chumbo subia 0,02%, a US$ 2.225,50; a do níquel baixava 2,49%, a US$ 20.540,00; a do estanho se desvalorizava 0,68%, a US$ 26.170,00; e a do zinco operava estável (0,0%) a US$ 2.464,50.