O cobre fechou em alta nesta quinta-feira (7), de olho em sinais de demanda da China e aperto na oferta do metal, recuperando boa parte das perdas de ontem (6). Investidores também se posicionam para o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março de 2024 fechou em alta de 1,69%, a US$ 3,7975 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses avançava 1,46% por volta de 15h10 (de Brasília), a US$ 8.367,00 por tonelada.
O cobre registrou ganhos robustos neste pregão, na esteira de dados da balança comercial da China, que apontaram avanço nas exportações de 0,5% em novembro. O resultado representou aceleração em relação a outubro e, na visão da Pantheon, marca o início da recuperação nas exportações chinesas, ainda que o ritmo deva ser fraco em 2024. O metal também teve atratividade beneficiada pela forte desvalorização do dólar, o que tende a baratear o cobre para detentores de outras moedas.
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Em relatório, o Bank of America (BofA) avalia que o fechamento da mina de cobre da First Quantum, no Panamá, empurrará o mercado para um déficit, ante a desaceleração no crescimento da produção. Ao mesmo tempo, o banco prevê que os governos devem contornar os desafios para implementar a transição energética, a exemplo da Alemanha – que tenta resolver impasse sobre dívida fiscal – e do Reino Unido – que aumentou pagamento de garantias para desenvolvedores de energia renovável, após uma licitação não atrair nenhuma oferta. Analistas esperam que iniciativas de transição energética impulsionem a demanda por cobre e outros metais básicos.
Já o UBS projeta, em nota, que a mineradora Anglo American deve reduzir suas orientações futuras para produção de cobre, diamante e minério de ferro em 2024, enquanto as despesas de capital devem permanecer elevadas e o capital de giro deve aumentar.
Investidores também aguardam o payroll dos EUA, que será divulgado amanhã, para monitorar sinais do desempenho do mercado de trabalho americano e possíveis efeitos sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed).
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 0,23%, a US$ 2.136,00; a do chumbo recuava 0,37%, a US$ 2.017,50; a do níquel subia 2,90%, a US$ 16.650,00; a do estanho avançava 0,41%, a US$ 24.700,00; e a do zinco desvalorizava 0,56%, a US$ 2.408,00.
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Com informações da Dow Jones Newswires