O cobre fechou em queda nesta segunda-feira (8), acompanhando o viés negativo de commodities ante o cenário geopolítico incerto em nível global. Analistas apontam que sinais de demanda global pelo metal continuam enfraquecendo, enquanto há dúvidas se realmente haverá gargalos na oferta.
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O cobre para setembro fechou em queda de 0,73%, em US$ 4,6180 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 0,62%, a US$ 9.908,00 a tonelada, às 14h20 (de Brasília).
O resultado surpreendente das eleições na França parece ter pressionado commodities em larga escala neste pregão, ao intensificar a incerteza quanto ao quadro geopolítico global. Em particular, o cobre foi o mais afetado entre metais básicos, que ainda conseguiram receber algum suporte de expectativas de mais estímulos durante o Terceiro Plenário da China, que terá início no próximo domingo, avalia o TD Securities.
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O banco de investimentos observa que, no caso do cobre, pesaram os temores quanto ao enfraquecimento da demanda global, ao mesmo tempo em que os estoques da China continuam a aumentar e colocar em dúvida o aperto na oferta que elevou os prêmios dos preços do metal. E o TD Securities estima que ainda “existem diversos catalisadores em potencial” que podem levar o cobre a cair novamente, incluindo eventual ausência do aperto esperado na oferta e decepção com estímulos chineses.
Entretanto, o Jefferies pondera que o cobre e o alumínio devem voltar a subir no médio prazo, conforme o aumento na demanda se concretize frente ao crescimento da economia global, das restrições de oferta e efeitos positivos dos cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). “Nossa recomendação é para comprar ações dos nossos produtores preferidos de cobre e alumínio neste momento, o que inclui Freeport-McMoran, Teck Resources, Lundin Mining, Alcoa e Glencore”, escreveu o banco em nota.
Ainda na LME, no horário citado a tonelada do alumínio cedia 0,37%, a US$ 2.530; a tonelada do chumbo recuava 0,07%, a US$ 2.240,00; e a do zinco tinha queda de 1,72%, a US$ 2.948,50. Na contramão, a tonelada do níquel subia 0,58%, a US$ 17.430, e a do estanho ganhava 0,22%, a US$ 34.025,00.
Com informações da Dow Jones Newswires
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