Os contratos futuros de cobre fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira (10), após começarem a semana com forte alta, impulsionada pelos anúncios para estímulos na China. Na sessão, o metal voltou a ser pressionado pelo avanço do dólar, o que vem contendo os preços ao longo do último mês. Além disso, as fundições são alvo de atenção, já que há uma queda de lucratividade no setor.
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O cobre para março fechou em alta de 0,08%, a US$ 4,2720 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O cobre para três meses era negociado em alta de 0,02%, a US$ 9.233,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), por volta das 15h00 (de Brasília).
Desde o início do ano, o preço do cobre subiu 8%. Isto é notável, uma vez que o mercado de cobre deverá enfrentar um enorme excedente de oferta de 469 mil toneladas este ano, de acordo com a previsão do Grupo Internacional de Estudos do Cobre (ICSG). “A razão para isto é um forte aumento na oferta de cobre de mais de 4%, enquanto a procura deverá aumentar apenas 2%. O ICSG também prevê um excedente de oferta para o próximo ano. No entanto, com 194 mil toneladas, se espera que esse valor não seja nem a metade. Isso porque o crescimento da oferta deverá desacelerar para 1,6%, enquanto a demanda deverá aumentar 2,7%”, afirma o Commerzbank.
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Segundo o banco alemão, a produção das minas provavelmente aumentou muito mais lentamente do que a produção de cobre refinado neste ano. A escassez de concentrado de cobre levou a um declínio nos encargos de tratamento e refino que as fundições de cobre recebem dos produtores das minas pelo processamento do minério de cobre. Isto torna a produção de cobre menos lucrativa e, portanto, leva a cortes, explica.
De acordo com a previsão do ICSG, a produção das minas deverá aumentar mais fortemente do que a produção de cobre no próximo ano, o que sugeriria uma melhoria na situação das fundições de cobre. No entanto, atualmente não há sinal disso, lembra o Commerzbank.
No mesmo horário, a tonelada do alumínio subia 0,81%, a US$ 2.617,50. A do estanho caía 0,38%, a US$ 29.800,00. A do zinco tinha alta de 0,67%, a US$ 3.149,00. A tonelada do chumbo tinha queda de 0,17% a US$ 2.062,50. E o níquel tinha queda de 1,13%, a US$ 15.795,00.