O cobre fechou em queda nesta sexta-feira (11) e acumulou baixa de 4,46% na semana, motivado por ventos negativos no mercado chinês, que decepcionou com deflação, queda no volume de exportações e importações e redução de empréstimos. Tudo isso sustenta a tese de desaceleração econômica no país e possível diminuição na demanda por consumo, diz o CIBC, em análise.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para outubro caiu 1,22%, a US$ 3,7190 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses caía 0,77% por volta de 14h15 (de Brasília), a US$ 8.284,50.
A Capital Economics avalia que novos estímulos devem ser divulgados em breve na China, mas que isso não necessariamente vai reverter o quadro de desaceleração da economia local. Para o analista da Marex, Edward Mair, os dados de crédito da China divulgados hoje mostram que a demanda do país vai esfriar fortemente, e que serão necessários estímulos mais robustos para reverter o cenário, que provavelmente não virão. “Pequim claramente tem uma bagunça em suas mãos, mas até agora parece estar acomodada, no mesmo lugar”, pontua.
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O CIBC acredita que o consumo de cobre na China vai se reduzir no futuro, mas isso não necessariamente aponta para uma queda expressiva na demanda pelo metal. “Ainda estamos atolados em uma fase lenta do crescimento global, à medida que os bancos centrais combatem a inflação, mas a próxima etapa pode ser um pouco menos dependente da China do que vimos no passado”, afirma.
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 1,25%, a US$ 2.177; a do chumbo recuava 0,82%, a US$ 2.118,50; a do níquel caía 0,47%, a US$ 20.305; a do estanho recuava 2,30%, a US$ 26.355; e a do zinco tinha perdas de 2,29%, a US$ 2.394,00.