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Após resultados do 2° tri, Goldman Sachs muda previsões para Vale (VALE3)

As estimativas do modelo se apoiam na projeção de minério a US$ 102 por tonelada

Após resultados do 2° tri, Goldman Sachs muda previsões para Vale (VALE3)
Foto: Fabio Motta/Estadão

Após a divulgação dos resultados do segundo trimestre pela Vale (VALE3), o banco Goldman Sachs aumentou em 9% a projeção de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – índice usado para calcular a saúde financeira da empresa) para 2023, a US$ 16,016 bilhões. A projeção de lucro líquido foi reduzida em 7%, para US$ 6,984 bilhões. O preço-alvo subiu 6%, para US$ 12,7 por ADR, que representa downside (perda, no jargão em inglês) de 8,4% em relação às cotações atuais.

Para 2024, o incremento do Ebitda no modelo do Goldman Sachs foi de 1%, para R$ 14,94 bilhões. Por sua vez, o lucro líquido deve recuar 3%, a US$ 6,87 bilhões. O Ebitda de 2025 fica em US$ 13,409 bilhões, no modelo do banco. O lucro líquido deve cair 4%, a US$ 5,42 bilhões.

A recomendação da casa se mantém neutra e as estimativas do modelo se apoiam na projeção de minério a US$ 102 por tonelada.

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O aumento das expectativas para 2023 reflete uma marcação a mercado dos preços das commodities, assim como uma melhora de qualidade, acima do esperado, nos ferrosos – os embarques do Sistema Norte foram mais fortes que o previsto no segundo trimestre e devem continuar assim, em virtude da sazonalidade, apontaram os analistas do banco.

Além disso, o relatório do Goldman cita a licença de operação para a Barragem do Torto no complexo de Brucutu, em Minas Gerais. A operação da barragem apoia a produção de pellet feed, minério mais fino que pode ser usado na produção de pelotas e briquetes, produtos de maior valor agregado.

Os preços do minério de ferro têm se mantido mais resilientes do que o esperado neste ano, com o aumento das exportações de aço pela China.

O time de commodities do banco acredita que, a partir de agora, os detalhes acerca da política chinesa para o setor imobiliários serão cruciais para o rumo que os preços seguirão no resto deste semestre. O mercado de minério de ferro, avaliam os analistas, deve enfrentar uma fase de superávit à frente. E permanece o risco de cortes obrigatórios no aço na China, o que levaria a um choque de demanda negativo no mercado e nos preços.

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