Os contratos futuros do cobre fecharam em queda, durante sessão ainda marcada pelas incertezas sobre condições financeiras nos Estados Unidos. Dados da inflação ao consumidor divulgados hoje sustentam a expectativa por nova alta de 25 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed), indicando uma extensão do ciclo de aperto monetário que poderia levar a uma recessão no país.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para maio caiu 1,24%, a US$ 4,0030 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 1,18% por volta de 14h40 (de Brasília), a US$ 8.823,00.
Hoje, dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos apresentaram uma inflação persistente, reforçando a expectativa de que o Fed aumente a taxa de juros na próxima reunião apesar da turbulências no sistema bancário do país. A expectativa de continuidade do aperto monetário impulsionou o temor de investidores de commodities, visto que um “pouso forçado” da economia poderia provocar uma recessão, afetando a demanda.
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O Julius Baer analisa que as turbulências do sistema bancário foram em grande parte responsáveis pelas oscilações nos mercados de commodities, mas acredita que há “mais ruído que notícias”, sem impacto significativo no médio a longo prazos nesses mercados. Além disso, o banco prevê que a cadeia de oferta nos setores de energia e de metais industriais deve permanecer equilibrada e “suficiente” nos próximos meses.
Já o TD Securities avalia que o Ocidente está “perdendo controle” sobre os mecanismos de preços das commodities, em um processo lento que pode ter impacto significativo sobre precificação, inflação, câmbio e geopolítica na próxima década.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio avançava 1,29%, a US$ 2.350,00; a do chumbo subia 0,26%, a US$ 2.087,50; a do níquel recuava 0,88%, a US$ 22.975,00; a do estanho tinha queda de 1,21%, a US$ 22.855,00; e a do zinco caía 1,49%, a US$ 2.911,50.