O cobre voltou a subir nesta sexta-feira (15), após a leve queda na última quinta-feira (14) se mostrar sem força para interromper o momento favorável do metal, em meio à decisão das principais fundições de cobre da China de realizarem, conjuntamente, cortes de produção em algumas plantas não lucrativas. O metal avançou mais de 5% no acumulado da semana, refletindo ainda o otimismo com a demanda e desafiando o vento contrário da valorização do dólar, que habitualmente tem uma correlação inversa com o preços das commodities negociadas na moeda americana.
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O cobre para maio fechou em alta de 1,95%, a US$ 4,1245 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), acumulando alta de cerca de 5,99% na semana. Às 14h28 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado em alta de 1,60%, a US$ 9.055,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME). O ganho acumulado do contrato na semana rondou 5,66%.
Na quarta-feira (13), os contratos do cobre subiram mais de 3%, depois do acordo alinhavado pelas principais fundições chinesas para cortar produção em resposta à queda acentuada nas taxas de processamento. Os contratos do metal, contudo, tiveram um leve ajuste em baixa ontem, depois de a Associação da Indústria de Metais Não Ferrosos do país ter declarado que as fundições só tinham concordado com controles de capacidade e não com cortes definitivos, informou o Commerzbank.
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Economista de commodities da Capital Economics, Kieran Tompkins disse, em nota, que o crescimento da produção de cobre refinado da China deverá moderar acentuadamente este ano, o que contribuirá para um aumento do déficit no mercado e para novos aumentos de preços até ao final do ano. “Olhando para o futuro, teremos na segunda-feira uma imagem mais clara de como a procura de mercadorias na China se manteve durante janeiro e fevereiro, com a divulgação dos dados de atividade”, completou.
Outros metais tiveram desempenhos mistos. O contrato de três meses da tonelada do níquel recuava 1,05%, a US$ 17.970,00, ainda na LME, no mesmo horário. O zinco cedia 0,06%, a US$ 2.558,00 a tonelada. A tonelada do alumínio tinha alta de 0,73%, no horário citado, a US$ 2.272,50; a do chumbo era cotada com baixa de 1,21%, a US$ 2.127,50; e a do estanho resistia em alta e apontava variação de 1,24%, a US$ 28.665,00.
No acumulado da semana, o níquel caiu 0,19%; o zinco, -1,33%; o alumínio subiu 1,45% e o chumbo, 1,43%. O estanho avançou 3,78%.
Com informações da Dow Jones Newswires
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