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Corte de juros chinês não consegue segurar o desânimo do cobre com a China

A expectativa dos analista é que a China passe a demandar cada vez menos cobre

Corte de juros chinês não consegue segurar o desânimo do cobre com a China
Foto: Envato Elements

O cobre fechou em queda expressiva nesta terça-feira (15), depois de a China publicar novos indicadores que apontam para uma economia em desaceleração. O metal até ensaiou recuperação após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) cortar taxas de juros para motivar a demanda local, mas o incentivo pareceu insuficiente diante do cenário negativo dos setores imobiliário e de infraestrutura.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para outubro caiu 1,56%, a US$ 3,6845 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses teve queda de 1,23% por volta de 14h30 (de Brasília), a US$ 8.190,00.

Segundo Carsten Menke, analista da Julius Baer, “os dados da China decepcionaram em todos os aspectos”, e o corte nos juros do país “não será suficiente, pois as lutas da China são mais profundas, refletindo uma mistura de fatores cíclicos e estruturais” para conseguir fomentar o consumo.

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Menke avalia que, no futuro, a expectativa é que a China passe a demandar cada vez menos cobre, já que a população do país aponta para uma contração nos números gerais, acompanhada por uma urbanização menos latente, o que vai exigir menos do setor imobiliário e, por consequência, reduzirá a demanda por cobre.

O Commerzbank estima que a produção de cobre chinesa também aumentou, intensificando a oferta enquanto a demanda continua em baixa. Segundo ele, uma pesquisa recente da agência estatal chinesa Antaike mostra que a produção do metal básico cresceu 3,4% em julho, com base em uma amostra que corresponde a 82% da produção total da China.

Já o TD Securities avalia que o mercado ocidental lidou com as possibilidades de incentivos à demanda chinesa com muito otimismo, o que elevou o preço do metal para um nível acima do que a demanda real pede.

Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio teve alta marginal de 0,07%, a US$ 2.145,00; a do chumbo subia 0,76%, a US$ 2.119,50; a do níquel caía 1,50%, a US$ 19.750,00; a do estanho recuava 0,40%, a US$25.055,00; e a do zinco tinha perdas de 1,72%, a US$ 2.310,50.

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