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Cobre fecha misto, com medidas imobiliárias chinesas em destaque

As constantes preocupações com a oferta do metal estiveram no radar da sessão desta terça-feira (21)

Cobre fecha misto, com medidas imobiliárias chinesas em destaque
(Foto: Envato Elements)

Os contratos futuros de cobre fecharam sem sinal único nesta terça-feira (21), recuando em Londres e avançando em Nova York, em uma sessão volátil, no que vem caracterizando os pregões do metal nos últimos dias. Além das constantes preocupações com a oferta, que é limitada em um cenário de aumento da demanda pela transição verde, as novas medidas imobiliárias do governo chinês levantaram especulações sobre os eventuais efeitos para a procura da matéria-prima.

O cobre para julho fechou em alta de 0,53%, a US$ 5,1060 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 1,19% por volta das 14h05 (de Brasília), a US$ 10.828,00 a tonelada.

“O pacote de resgate chinês não altera as nossas visões de longo prazo sobre os metais industriais. Devido à sua elevada exposição à construção imobiliária, o cobre continua a ser o preferido devido à procura estruturalmente crescente devido à transição energética”, avalia o Julius Baer. “Dito isto, também acreditamos que a recente recuperação foi um pouco rápida e um pouco longe demais, tornando provável uma consolidação a curto prazo”, pondera.

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A Oxford Economics tem visão semelhante, e acredita que os preços dos metais industriais deverão cair no curto prazo. “Embora vejamos sinais de que a procura global irá melhorar no segundo semestre do ano, as recentes melhorias na atividade industrial não justificam a extensão da recuperação”, avalia.

Uma redução nas taxas de juros acabará por beneficiar os setores sensíveis às taxas, que são intensivos em metais. No entanto, com o plano do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de reduzir as taxas sendo adiado devido à força subjacente da economia e aos dados da inflação, os efeitos serão sentidos mais em 2025, apoiando apenas uma recuperação mais significativa da demanda nessa altura, projeta a consultoria.

Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio operava em alta de 3,98%, a US$ 2.731,00; a do chumbo subia 0,21%, a US$ 2.337,00; a do níquel caía 0,89%, a US$ 21.255,00; a do estanho perdia 0,84%, a US$ 34.170,00; e a do zinco recuava 0,35%, a US$ 3.124,00.

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