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Cobre fecha em queda enquanto mercado interpreta sinais de oferta do metal

Exportações da China e operações no Chile também estiveram no radar da sessão desta sexta-feira (21)

Cobre fecha em queda enquanto mercado interpreta sinais de oferta do metal
(Foto: Envato Elements)

Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa nesta sexta-feira (21), depois de avançar por duas sessões consecutivas, e encerrando uma semana de queda para o metal. Os sinais para a real escassez de oferta do metal são mistos, o que vem contribuindo para uma maior volatilidade nos últimos dias no mercado.

O cobre para julho fechou em baixa de 2,63%, em US$ 4,4420 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuava 2,06%, a US$ 9.680,00 a tonelada, às 14h15 (de Brasília). Na comparação semanal, o cobre caiu 1,18% em Nova York e 0,87% em Londres.

As notícias para o mercado do cobre são mistas: por um lado, o Grupo Internacional de Estudos do Cobre reporta um excedente de oferta no mercado de pouco menos de 300 mil toneladas nos primeiros quatro meses, quase 125 mil toneladas a mais do que no ano anterior. Além disso, os estoques da LME aumentaram cerca de 50% desde o mínimo de meados de maio e, portanto, estão tão elevados como no início do ano. E por último, mas não menos importante, as exportações de cobre da China atingiram um máximo histórico de quase 150 mil toneladas em maio.

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Por outro lado, há indícios renovados de escassez de minério de cobre: um operador chileno de uma mina de cobre e fundições chinesas estariam negociando uma redução significativa nas taxas de processamento no segundo semestre do ano, aponta o Commerzbank. Além disso, as importações de sucata de cobre pela China aumentaram significativamente na busca por alternativas ao escasso minério de cobre. “Em suma, isto significa que as preocupações sobre a oferta futura de cobre refinado estão apoiando os preços, embora a oferta pareça atualmente ser abundante”, conclui o banco alemão.

“Para o cobre, o nosso quadro de decomposição de retornos também mostra um grande obstáculo devido a fatores idiossincráticos, como o posicionamento, o que sugere que o metal vermelho ainda pode estar sujeito a perdas adicionais no curto prazo, à medida que as posições inchadas são cortadas”, aponta o TD Securities.

Na LME, o alumínio recuava 0,40%, a US$ 2.511,00 a tonelada; o chumbo tinha baixa de 1,49%, a US$ 2182,50 a tonelada; o níquel operava em baixa de 1,09%, a US$ 17185,00 a tonelada; o estanho caía 1,31%, a US$ 32695,00 a tonelada, e o zinco recuava 0,54%, a US$ 2853,00 a tonelada.