Os contratos mais líquidos do cobre fecharam em baixa nesta segunda-feira (28), revertendo parte dos ganhos na semana passada na esteira de estímulos chineses que, segundo especialistas, não são suficientes para mudar o panorama da commodity.
Leia também
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro fechou em queda de 0,15%, a US$ 3,7560 por libra-peso. A London Metal Exchange (LME) não teve operação hoje, devido a feriado nacional no Reino Unido.
Hoje, o governo chinês anunciou um novo estímulo ao mercado de ações, mas segundo Wei He, da Gavekal Dragonomics, “as reduções do imposto e a suspensão de novas listagens proporcionaram, no passado, apenas um impulso temporário aos mercados, e não uma reviravolta fundamental”, sustentando a tese de que a mudança é insuficiente para dar fôlego aos mercados.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Da mesma forma, as medidas anunciadas na sexta-feira, que propõem eliminar uma regra que desqualifica as pessoas que já tiveram uma hipoteca de serem consideradas compradores de primeira casa nas grandes cidades, parecem não ter surtido grande efeito, diz o ANZ. Segundo o banco australiano, “o cobre tem estado sob pressão nas últimas semanas, em meio a preocupações de desaceleração da demanda industrial, apesar dos sinais de melhora”, e deve manter a queda nos próximos dias.
Para a Capital Economics, a alta do cobre na semana passada “surpreendeu” e veio mesmo com o fortalecimento do dólar, que comumente derruba o preço da commodity. Nessa semana, porém, a consultoria analisa como o mercado de cobre e metais vai se comportar em um cenário em que a tendência ainda é de fortalecimento da moeda da maior economia do mundo.