O cobre fechou em alta robusta nesta quinta-feira (28), corrigindo perdas após três pregões consecutivos de queda e com atratividade beneficiada pelo enfraquecimento do dólar no exterior. Ainda no radar, investidores monitoram notícias sobre o mercado imobiliário da China e perspectivas para as economias dos Estados Unidos e da Europa.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega para dezembro encerrou a sessão em alta de 1,97%, em US$ 3,7080 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses avançava 1,84%, a US$ 8.228,50 a tonelada por volta das 14h25 (de Brasília).
O enfraquecimento do dólar no exterior impulsionou os preços do cobre, após leitura final indicar que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu menos do que o esperado pelo mercado no segundo trimestre. Contudo, o rali deve ser temporário e os preços de metais básicos permanecerão pressionados por preocupações macroeconômicas, sob projeções de recessão leve nos EUA e na Europa, avalia o Macquarie, em nota.
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A Marex também nota que as negociações desta quinta-feira foram relativamente calmas, com poucas notícias da China na véspera de feriados nacionais, embora preocupações com o setor imobiliário continuem no radar dos investidores. A plataforma destaca a suspensão nas negociações da Evergrande, enquanto Pequim segue sem demonstrar apoio para gigantes do setor e as medidas de estímulos somem contra um “problema subjacente mais sério” – a crise de confiança chinesa.
Para analistas consultados pela Barrons, a recente desvalorização do cobre representa que o mercado está temeroso, mas também aponta que o metal encontrou um nível de suporte técnico importante entre os níveis de US$ 3,57 a US$ 3,62 por tonelada, nas negociações da Nymex. “Se isso se mantiver, o cobre poderá se recuperar e refletir um rali de alívio nos ativos de risco de forma mais ampla, mas uma violação abaixo deste nível seria um sinal negativo para os mercados globais”, analisa a Sevens Report.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do níquel computava queda de 0,47%, a US$ 18.960,00. O contrato do alumínio tinha variação positiva de 1,90%, a US$ 2.280,00 a tonelada, e a do estanho tinha perda de 1,00%, a US$ 25.295,00. A cotação do zinco subia 5,09%, a US$ 2.620,00 a tonelada. O contrato do chumbo era negociado a US$ 2.192,50, com valorização de 1,93%.
Com informações da Dow Jones Newswires
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