O cobre fechou em território positivo nesta quarta-feira (31), com analistas citando sinais de inversão do sentimento negativo em relação à procura por commodities. Outros metais básicos também subiram em dia de queda do dólar, que habitualmente tem correlação inversa aos preços das matérias-primas, à medida que os investidores reagem ao aumento da taxa de juros no Japão, enquanto aguardam a decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos). Os desdobramentos no Oriente Médio também foram citados um dos vetores de atratividade para os insumos industriais.
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O cobre para setembro fechou em alta de 2,26%, em US$ 4,1765 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Por volta das 14h23 (de Brasília), o cobre para três meses avançava 2,26%, a US$ 9.235,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
“A nossa leitura em tempo real das tendências da procura de matérias-primas aponta para os primeiros sinais de uma inversão no sentimento da demanda desde o início de julho, à medida que os mercados avaliam as implicações da turbulência geopolítica no Oriente Médio em todo o complexo”, escreveram em nota analistas da Sucden em nota.
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“Este é um desenvolvimento positivo em particular para os que apostam em alta do cobre, uma vez que o efeito nos preços é o de não favorecer a atividade de vendas em grande escala”, pontuaram. Os analistas citaram ainda que o posicionamento discricionário dos operadores sugere que este grupo já fez uma capitulação relativa de suas posições compradas.
O índice DXY do dólar, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas, cedia 0,25%, a 104,289 pontos, perto das 14h34 (de Brasília). O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que está “preparado para qualquer cenário”, em declaração transmitida ao vivo para a nação, após o assassinato do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh.
Outros metais negociados na LME, no horário citado, avançaram. A tonelada do alumínio saltava 3,19%, a US$ 2.309,50; a do chumbo avançava 2,97%, a US$ 2.096,00; a do estanho ganhava 3,96%, a US$ 30.355,00; e a do zinco subia 1,41%, a US$ 2.690,00. O níquel ganhava 3,05%, a US$ 16.540,00.