Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa nesta quinta-feira (17), em uma sessão na qual o aperto monetário pelos bancos centrais pressiona as commodities. Dirigentes do Federal Reserve (Fed) reforçaram as mensagens de que continuarão elevando juros, o que teve como um dos efeitos a valorização do dólar, que pressiona os metais cotados na moeda americana. Além disso, o atual nível elevado para os preços do cobre, que estimula a realização de lucros, e as perspectivas de que a China deve continuar com suas restrições por conta da covid-19, enfraquecendo a demanda, pesam nas cotações.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro caiu 2,27%, a US$ 3,6880 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses caia 1,62% por volta de 15h10 (de Brasília), a US$ 8.128,00.
A recente alta nos preços dos metais básicos, incluindo o cobre, oferece uma oportunidade de venda no curto prazo, dizem os analistas do Citi Research, em um relatório de pesquisa. É improvável que a China reabra sua economia até o segundo trimestre de 2023, no mínimo, e o Fed provavelmente permanecerá agressivo até que más notícias econômicas se tornem más notícias para “ativos de risco”, dizem os analistas. Hoje, segundo a Bloomberg, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou que as taxas de juros do Fed devem ser elevadas para a casa dos 5% a 5,25%, no intuito de conter a inflação mais alta em quase 40 anos.
Fatores como o atual preço alto do cobre devem atrair vendas nos próximos dois a três meses, acrescentaram os analistas.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio recuava 0,19%, a 2.400,50; a do chumbo tinha queda de 1,13%, a US$ 2.135,50; a do níquel baixava 5,46%, a US$ 25.440,00; a do estanho recuava 3,89%, a US$ 22.500,00; e a do zinco cedia 1,72%, a US$ 3.003,50.
