Por Gabriel Caldeira – O cobre recuou nesta sexta-feira, diante da força do dólar ante moedas fortes no mercado cambial, além de temores sobre a produção do metal básico no Chile e Peru, em meio ao enfraquecimento do setor e protestos na mina peruana de Las Bambas. A commodity, porém, fechou a semana com ganhos robustos, na esteira do lançamento de uma linha de crédito ao setor de infraestrutura e reabertura das atividades em metrópoles na China.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para julho fechou em baixa de 1,77%, mas subiu 3,84 na semana, a US$ 4,4720 por libra-peso. Assim como ontem, os negócios na London Metal Exchange (LME) estiveram suspensos por conta de um feriado no Reino Unido, sob ocasião do Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth II.
A alta do dólar ante pares, puxada pela forte geração de empregos nos EUA em maio, reduziu a demanda de investidores pelo metal básico. Cotado em dólar, o cobre fica mais caro e, desta forma, menos atraente diante da valorização da moeda americana.
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Do lado da oferta, os bancos Commerzbank e ANZ destacam a pressão de baixa que problemas enfrentados nas cadeias produtivas do Chile e do Peru exercem sobre os contratos futuros. Segundo o banco alemão, o ritmo da produção chilena decepciona o mercado no momento, enquanto protestos na mina peruana de Las Bambas, uma das maiores do mundo, chegaram a 40 dias sem interrupção. Como resposta, milhares de trabalhadores foram afastados ou demitidos, segundo o Commerzbank.
Por outro lado, o ANZ avalia que o relaxamento das medidas anti-covid na China e a política fiscal estimulante devem dar suporte aos preços de metais básicos no curto prazo. À frente, a desaceleração da economia global dá indícios menos positivos para as commodities metálicas, alerta o banco neozelandês.