Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta terça-feira, em meio à crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumente juros em 75 pontos-base amanhã. A cautela também foi alimentada por incertezas em relação à política de combate a surtos de coronavírus na China.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou a sessão em baixa de 1,30%, a US$ 4,1565 a libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 1,40%, a US$ 9.193,50 a tonelada.
Entre ontem e hoje, as expectativas no mercado para um aumento de 75 pontos-base nos juros do Fed amanhã superaram as chances de uma alta de meio ponto porcentual. Na plataforma do CME Group, a probabilidade de um aumento nesse nível ronda os 90%.
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A brusca mudança reflete duas reportagens – do The Wall Street Journal e da CNBC – que sugeriram que os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) estariam discutindo um ajuste de 0,75 ponto porcentual.
As perspectivas de aperto monetário mantêm o dólar fortalecido no exterior, o que impõe pressão a commodities metálicas, ao torná-las mais caras e, dessa forma, menos atraente. O registro de novos casos de coronavírus na China também complica o cenário, porque pode levar autoridades a impor novas restrições rígidas à mobilidade.
O TD Securities explica que o compromisso chinês com a política de tolerância zero à covid-19 limitará a capacidade do governo de impulsionar a atividade. “As preocupações sobre o crescimento das exportações também começarão a pesar nas expectativas de demanda, à medida que o crescimento ocidental diminuir”, avalia.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio caía 2,88%, a US$ 2.561,00; a do chumbo perdia 0,17%, a US$ 2.086,00; a do níquel baixava 2,13%, a US$ 25.255,00; a do estanho cedia 5,20%, a US$ 31.100,00; a do zinco se desvalorizava 1,40%, a US$ 3.583,50.
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